Com o objetivo de seguir crescendo dois dígitos ao ano – isto é mais de 10% – a empresa mineira Tirolez inaugurou, nesta quarta-feira, uma fábrica de queijos totalmente automatizada em Caxambu do Sul, Oeste de Santa Catarina, com investimento de R$ 150 milhões. Nesta primeira fase, a unidade produz somente mussarela para o mercado interno, mas busca aprovação também para exportação e prevê mais produtos.
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A nova unidade conta com linhas de produção integradas por equipamentos de ponta, importados da Itália. O número de empregos atual é de aproximadamente 100 postos diretos e deve ter acréscimo de mais 130. A companhia conta com cinco fábricas no país, sediadas em Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina, totalizando mais de 1,8 mil colaboradores diretos.
O evento de inauguração contou com as presenças dos cofundadores da companhia, os irmãos Carlos Hegg e Cícero Hegg, o CEO Marcel de Barros, o governador de Santa Catarina Jorginho Mello (PL), o prefeito de Caxambu, Glauber Burtet (PT), o vice-prefeito Edi Marcos Antunes de Mello (PT) e outras autoridades.
O CEO da companhia, Marcel de Barros, destacou que ela está completando 44 anos agora maio. Nasceu da aquisição de uma pequena fábrica em Tiros, Minas Gerais e tornou-se líder em queijos no Brasil. Fabrica mais de 130 produtos diferentes. Tem investido em todas as unidades produtivas, baseadas em Minas, São Paulo e Santa Catarina.
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– Diante do potencial de consumo, estamos investindo à frente da demanda para sustentar o crescimento dos próximos três anos. Decidimos instalar essa fábrica aqui em função da importância da bacia leiteira do Oeste de Santa Catarina – destacou Marcel de Barros.
Para o governador Jorginho Mello, a nova fábrica da Tirolez representa um reconhecimento da qualidade da produção de leite de Santa Catarina. Segundo ele, o governo está estudando medidas, entre as quais linha de crédito, para apoiar a produção de leite, fazendo com que mais propriedades rurais sigam produtivas no Estado.
– Esse investimento é muito importante primeiro pela geração de empregos, que ajuda o desenvolvimento econômico do município de forma substancial. Depois, melhora toda a nossa cadeia produtiva. Cada emprego gerado em SC e importante. Por isso Santa Catarina tem o menor número de bolsas família e o maior percentual de empregos com carteira assinada do país – destacou o governador.
Atualmente, a Tirolez conta com 250 fornecedores de leite no Oeste de SC. Conforme Marcel de Barros, o plano é ampliar a produção, a produtividade, junto a essas propriedades. A empresa atua em Caxambu desde 2008, quando adquiriu uma pequena fábrica de queijos. A capacidade de processamento era de 150 mil litros de leite por dia e, agora, passou para 600 mil litros dia.
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Habilitação para exportar
Por enquanto, a produção é totalmente voltada à mussarela, o produto mais vendido da Tirolez, que responde por 25% do faturamento. O cofundador Carlos Hegg destaca que o plano é diversificar a produção nessa nova unidade catarinense. Serão incluídos produtos como requeijão e cremes de queijo.
Segundo ele, a empresa está buscando habilitação dessa nova unidade para que também possa exportar. As demais unidades da marca no país são habilitadas e exportam para mercados como Estados Unidos, Europa e Rússia.
Cuidado com as pessoas
Os fundadores Cícero e Carlos Hegg são graduados em engenharia civil pela Universidade Mackenzie de São Paulo e decidiram atuar na indústria de queijos por influência de um parente da família. Apesar da formação técnica, eles sempre priorizaram o cuidado com as pessoas, com o bem-estar dos trabalhadores.
Em sua fala no evento de inauguração desta quarta-feira, Cícero Hegg destacou que, para ele, trabalhadores felizes produzem mais e os produtos têm melhor qualidade. Destacou uma frase que gosta de citar sobre a empresa:
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– A Tirolez é uma escola de bons princípios e valores, e que faz queijos – afirmou Cícero Hegg.
Uma fábrica sustentável
Além de todos os aspectos tecnológicos para instalar a fábrica de queijos mais automatizada do Brasil, a Tirolez cuida também da sustentabilidade. Segundo o diretor industrial, Rodrigo Lima, toda a energia utilizada na unidade é de fonte renovável.
O próprio processo automatizado de produção economiza mais água do que o tradicional. Além disso, a empresa trata a água derivada do soro de leite e usa em parte dos processos de limpeza da fábrica.
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