Apontada como uma das soluções para conter o avanço do novo coronavírus, a testagem rápida nas empresas catarinenses avança com a adoção de metodologia da Fundação Certi e das empresas Biomehub e Neoprospecta, com apoio da Fiesc) e Sesi-SC. Cerca de 30 organizações, entre empresas e instituições, já estão fazendo a nova testagem, que custa R$ 69 por pessoa. O exame individual tipo RT-PCR, que identifica material genético do vírus, custa cerca de R$ 300.

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A metodologia da Certi faz teste coletivo com material de 16 pessoas, guardando mostras individuais. Se o teste dá positivo, é feita a testagem de todos individualmente. Se dá negativo, todos estão saudáveis. Quase 10 mil testes já foram feitos.

Exportações recuam

A fase mais aguda da crise econômica causada pela pandemia derrubou as exportações catarinenses de maio em 21,6% frente ao mesmo mês do ano passado. Esse elevado baque não foi exclusivo de SC. A Alemanha, que é gigante em exportação de máquinas, amargou queda de 24%. Já a China teve retração de 3,3% no mesmo período. Em SC, a soja (alta de 54,95%) e a carne suína (45%) evitaram queda ainda maior no ano.

As expectativas são de que a carne suína siga em alta e a de frango volte a ter demanda maior lá fora. A retomada econômica da Europa e EUA devem ajudar as vendas da indústria de Santa Catarina.

O valor do diversificado agronegócio de SC

Um dos orgulhos de SC é a força da qualidade e da diversificação do agronegócio, resultante de atividades em apenas pouco mais de 1% do território brasileiro. Os 52 principais produtos resultaram em valor bruto da produção (faturamento) de R$ 33,6 bilhões no período 2018-2019, com crescimento nominal de 8,7% frente ao ano anterior, quando o Estado alcançou R$ 30,9 bilhões, conforme publicação da Epagri.

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O maior peso na geração de riqueza, segundo o levantamento do Centro Socioeconômico Epagri/Cepa, veio da suinocultura, avicultura e produção de leite. A principal novidade foi a geração de receita da produção de suínos, que  passou a da avicultura e chegou a R$ 6,467 bilhões. Em segundo lugar ficou a avicultura com R$ 6,413 bilhões e em terceiro o setor de lácteos, com R$ 3,7 bilhões.

A diversidade da produção catarinense apresenta curiosidades. Em pouco tempo, o Estado entrou no mapa mundial da produção de ostras e de vinhos de altitude. SC também chama a atenção por responder por 99,5% da exportação de carne de marreco. Na lista de produtos há também uma diversidade de frutas,  pinhão, mel, trutas, tilápias e ovos de codorna.

Para este ano, apesar da seca, ainda não dá para dizer se o valor do agronegócio de SC vai crescer ou terá queda porque alguns preços subiram. Em evento virtual terça-feira, dia 9, a presidente da Epagri, Edilene Steinwandter, disse que este é um ano especial para a empresa porque o Epagri-Cepa completa 45 anos de atividades.