Após três anos de espera, o Terminal de Gás Sul (TGS), projeto de regaseificação de gás natural na Baía da Babitonga, em São Francisco do Sul, recebeu nesta sexta-feira (28) a licença ambiental de instalação (LAI), concedida pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Santa Catarina. O investimento de US$ 77 milhões (R$ 401 milhões) da multinacional americana New Fortress Energy (NFE) vai mais do que duplicar a oferta de gás natural para o Estado, ampliar o fornecimento para o Paraná e o Rio Grande do Sul e atender a uma usina térmica a gás natural projetada pela Engie Brasil Energia.

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O anúncio da licença foi feito na tarde desta sexta pelo governador Carlos Moisés da Silva. Segundo ele, navios poderão fornecer diariamente 15 milhões de metros cúbicos para a Região Sul, que hoje recebe 5 milhões de metros cúbicos vindos do Gasbol, gasoduto Brasil-Bolívia. Os principais consumidores são industriais, mas comércio, serviços, residências e veículos também usam gás natural. 

O navio ficará na baía a 300 metros da costa e o insumo virá para a distribuição por meio de gasoduto submarino que será conectado com o Gasbol. O impacto ambiental será mínimo. Os trabalhos de instalação já podem ser iniciados e a projeção é que sejam concluídos em cerca de um ano.

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O terminal vai gerar 600 empregos diretos e reforçar a arrecadação de ICMS do Estado, com estimativa de R$ 320 milhões por ano. Essa maior oferta resolve a falta do insumo no Estado e permite projetar com mais segurança a expansão da malha de gasoduto até o Oeste do Estado.

Segundo o presidente da Federação das Indústrias (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, alguns projetos de expansão de indústrias no Estado, em especial do setor cerâmico não estão podendo ser instalados por falta de gás natural. As vendas do insumo cresceram 27% no ano passado, durante a pandemia. 

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Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), Luciano Buligon, a maior oferta permitirá, mais concorrência, redução de preços e isso facilitará investimentos.

Daniel Vinícius Netto, presidente do IMA, explicou que um gasoduto submerso como o previsto no TGS tem baixo impacto ambiental. Mesmo assim, o instituto definiu diferentes condicionantes para proteger o maio ambiente.

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No Estado, o projeto teve apoio do Invest SC, programa da pasta de Desenvolvimento Econômico, sob a coordenação de Luciano Buligon. Os navios para abastecer a unidade poderão vir de qualquer lugar do mundo que tenha o insumo, mas a maioria deverá vir dos EUA, África ou Oriente Médio.

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