Santa Catarina conta com mais de 50 mil indústrias, mas somente 5% exportam (2.519), segundo o último levantamento, de 2018, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado (Fiesc). No período, o número de importadoras foi um pouco maior, 2.894. Com o propósito de colaborar para uma maior internacionalização do setor, com mais exportações e importações, a federação lançou a plataforma on-line www.internacionalizacao.fiesc.com.br, inserida no programa Intercomp.
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O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, que elegeu a internacionalização como um dos pilares da gestão, reconhece que falta de infraestrutura e excesso de tributos atrapalham, mas reafirma que a atuação no exterior torna negócios mais sólidos.
De acordo com a presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Teresa (Maitê) Bustamante, o programa de internacionalização oferece uma série de informações. Um dos serviços é a avaliação de maturidade da empresa em relação aos negócios com o exterior. A nova plataforma conta, por exemplo, com o Internacionalize Agora, que tem 11 passos para realizar exportações e importações. Há o Business Advisor, para ajudar sobre normas técnicas de cada país e um serviço de planejamento estratégico, entre outros.
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Atualmente, a Fiesc atua em dois programas que assessoram indústrias para a internacionalização. O interno, Intercomp, que atende 300 empresas, e Go to Market, em parceria com o Sebrae/SC, com mais 100 empresas. Para Maitê Bustamante, em negócios com o exterior, empresas pequenas podem terceirizar a parte aduaneira, mas não a estratégica.
— Quando se fala em definir estratégia, buscar mercados, contatar clientes, precificar produtos, ver benefícios fiscais, mas principalmente, quais os riscos que corre e quais os direitos que a empresa tem nas importações e exportações eu sou uma defensora intransigente de que o empresário não pode terceirar a atividade — afirma.
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Em 2018, do total de exportadoras de SC, 681 eram microempresas e 849 pequenas empresas. O Estado tem muito para crescer lá fora e programas como os da Fiesc e do Sebrae ajudam.
Novos desafios no pós-pandemia

Em sua primeira reunião presencial, terça-feira (20), a nova diretoria do Lide Santa Catarina – Grupo de Líderes Empresariais –, que tem à frente o empresário Delton Batista, alinhou prioridades de conteúdos para colaborar com as empresas na retomada consistente de atividades no pós-pandemia. Conforme Batista, a ênfase é para inovação, governança corporativa e atenção ao social. O empresário Jaimes Almeida Junior, do Grupo Almeida Junior, é um dos que terão participação mais ativa no Lide SC em temas sobre varejo, especialmente sobre a revolução digital. O presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, está à frente de ações do grupo voltadas à solidariedade e responsabilidade social.
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Exposuper e estoques
A nova apreensão causada pela pandemia ao setor produtivo é a oferta insuficiente de matérias-primas e produtos prontos. Ao debaterem o cenário econômico em painel na Exposuper Acats On-line, tanto o presidente da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Paulo Cesar Lopes, quanto os presidentes da Fecomércio/SC, Bruno Breithaupt e da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, alertaram sobre o problema. Enquanto Lopes disse que o setor sente mais o problema em bebidas, Breithaupt citou a menor oferta de confecções e Aguiar, de insumos metalúrgicos, plásticos e têxteis. A causa principal foi uma parada de alguns fabricantes na pandemia.
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Dinheiro para TI
O ecossistema de inovação e tecnologia de Santa Catarina se destacou nos últimos anos pelas inovações e, por isso, atraiu investidores do Brasil e exterior, além de novos investimentos de empresas do próprio ecossistema. Mas a expectativa do CEO da Resultados Digitais, Eric Santos, é de que com os juros baixos do Brasil – taxa Selic em 2% — o setor deverá ser contemplado com ainda mais investimentos nos próximos anos. Ele falou sobre o tema em palestra no evento virtual Case Startup Summit, realizado pela ABStartup, Sebrae e Associação Catarinense de Tecnologia (Acate).
Apoio ao ecossistema
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O sucesso de um ecossistema de inovação, além de startups, profissionais talentosos e capital para investir, necessita do apoio de empresas locais para testar tecnologias. Um exemplo é o da startup de inteligência artificial Thesis Crafter, fundada pelo estudante da UFSC, Thiago Ângelo Gelaim. Ele conta com parceria do advogado Alberto Gonçalves, que disponibilizou o escritório para ser o projeto piloto de solução que visa a agilizar trabalhos na advocacia. Outro exemplo é a startup Equilibrium, que testou sistemas de logística com o Koerich e outros varejistas.
> Carta Brasileira sobre Cidades Inteligentes está aberta à consulta