Após anos de pressão das empresas, o governo federal reduziu a alíquota Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM). A taxa, que era de 25%, caiu para 8%. A queixa era grande porque somente os produtos que vinham para os portos do Sul e Sudeste têm essa tributação que incide sobre o frete marítimo que chegou a subir 700% na pandemia.

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Como mais de 80% do volume importado no Sul é insumo ou matéria-prima para indústrias, esse setor será beneficiado com redução de custo de importação, estima o especialista em comércio exterior Sandro Marin, diretor da Tek Trade, de Itajaí. A maioria é importação de longo curso, da Ásia, Europa e EUA, que têm custos maiores.

Pelos cálculos da Tek Trade, o valor a ser economizado é expressivo, mesmo com o frete atual, mais próximo do normal. Hoje, o transporte de um contêiner custa, em média, de US$ 6,5 mil a US$ 7 mil. Considerando a redução da alíquota para 8%, o valor do primeiro recuou para US$ 5,9 mil, o que significa US$ 600 a menos por contêiner.

Vale lembrar que na fase mais crítica, a movimentação de um contêiner vindo da China chegou a custar US$ 14 mil. Esse recuo no custo da importação também vai ajudar a reduzir preços ao consumidor brasileiro, de forma gradual.

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Segundo Marin, essa taxa menor vai evitar que empresas embarquem produtos para o Nordeste ou até instalem unidades por lá só para levar vantagem frente a custos menores de importação.