A pesquisa Pand Contínua Trimestral do IBGE divulgada nesta sexta-feira informa que a taxa de desemprego de Santa Catarina subiu para 3,8% no primeiro trimestre deste ano, 0,6 ponto percentual acima da registrada no último trimestre de 2023, de 3,2%. E SC perdeu a liderança de menor taxa do país, ficando atrás de Rondônia e Mato Grosso, que tiveram 3,7%. Mas o estado segue com o maior percentual de pessoas com carteira assinada no setor privado, de 87,2%, e menor taxa de informalidade, 27,4%.

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O crescimento da taxa de desemprego em SC no primeiro trimestre ocorreu porque mais pessoas saíram em busca de colocação no mercado e não por uma retração da oferta de vagas na economia, destacou a economista do Observatório da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Camila Morais.

– A força de trabalho no estado passou de 4,1 milhões no último trimestre de 2023 para 4,2 milhões no primeiro trimestre de 2024, isso representa crescimento de 1,1% já desconsiderando os efeitos da sazonalidade. Em grande medida, o aumento da taxa de desemprego está relacionada à maior procura de pessoas por oportunidades de emprego – afirmou a economista.

Segundo Camila Morais, apesar do aumento da taxa de desemprego SC permanece com a menor taxa de informalidade entre os estados brasileiros (27,4%) inclusive menor do que a registrada no último trimestre de 2024, mesmo após esse aumento na sua força de trabalho. Isso é resultado da diversidade produtiva catarinense e integração internacional, além da dinâmica econômica.

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Em números absolutos, em março deste ano, segundo a Pnad Contínua Trimestral, 161 mil pessoas buscavam colocação no mercado de trabalho em SC, enquanto no final do último trimestre do ano passado eram 134 mil pessoas. Os estados com maiores taxas desocupação em março foram a Bahia (14,0%), Pernambuco (12,4%) e Amapá (10,9%).

No Brasil, a taxa de desocupação ficou em 7,9% em março, 0,5 ponto percentual a mais do que no último trimestre de 2023, quando estava em 7,4%. Frente ao mesmo trimestre de 2023, houve queda de 0,9 ponto percentual. Segundo o IBGE, é normal uma maior procura de colocação no mercado de trabalho no primeiro trimestre do ano.

Veja como ficaram as taxas de desemprego nos estados brasileiros nos últimos trimestres:

UF4T 20231T 2024situação
Acre6,78,9
Bahia12,714,0
Maranhão7,18,4
Mato Grosso do Sul4,05,0
Minas Gerais5,76,3
Rio Grande do Sul5,25,8
Santa Catarina3,23,8
Brasil7,47,9
São Paulo6,97,4
Pernambuco11,912,4
Rio de Janeiro10,010,3
Piauí10,610,0
Sergipe11,210,0
Alagoas8,99,9
Paraíba9,69,9
Amazonas8,89,8
Rio Grande do Norte8,39,6
Distrito Federal9,69,5
Ceará8,78,6
Pará7,88,5
Roraima7,07,6
Goiás5,66,1
Tocantins5,86,0
Espírito Santo5,25,9
Paraná4,74,8
Mato Grosso3,93,7
Rondônia3,83,7
Amapá14,210,9

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