A partir da zero hora de 01 de janeiro de 2024, as tarifas de gás natural em Santa Catarina terão uma queda média de preço de -8,29%. Como as tarifas são diferentes para cada grupo de usuário, a maior redução será para o gás natural veicular (GNV), de -8,59%. Em segundo lugar ficou a retração do setor industrial, de -8,31. Depois, vem o preço da tarifa do gás natural comercial, com queda de -5,77% e o residencial com -4,63%.

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O cálculo foi feito pela Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) com base na conta gráfica dos custos do segundo semestre deste ano. Essa tarifa será colocada em prática pela concessionária de gás natural em Santa Catarina, a SCGás.

Segundo o diretor de Energia, Gás e Recursos Minerais da Aresc, Silvio Cesar dos Santos Rosa, a redução do preço do gás (PV) e da parcela de recuperação (PR), somou queda de -10,18% para o repasse das tarifas. Assim, o preço do metro cúbico ficou em R$ 2,3052.

O valor final das tarifas inclui a margem dos serviços da concessionária, mais o preço médio do insumo no segundo semestre e o transporte do gás natural. Como os preços do combustível caíram, será realizada redução das tarifas.  

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Em janeiro de 2023, o gás natural teve uma redução de -10% na tarifa em SC. Em julho, mais uma queda média de -12,4%. Essas duas quedas mais a redução deste final de ano de -8,29% acumuladas resultaram em redução de -27,9% aos consumidores.

-Buscamos o equilíbrio econômico-financeiro entre o prestador de serviços e usuários de gás natural canalizado. Buscamos sempre a modicidade tarifária. Esta é a missão da Aresc – afirmou o diretor Silvio Rosa.

– Com as tarifas de gás natural autorizadas nesta segunda-feira pela Aresc, nossa agência reguladora, passamos a ter um maior ganho de competitividade em relação aos combustíveis líquidos, gasolina e óleo diesel. Na gasolina, a vantagem subiu de 27% para 33% para os quem usa gás natural veicular. E no diesel, houve crescimento de economia de 20% para 25% – explica o presidente da SCGás, Otmar Müller.

Segundo ele, para as indústrias, que respondem por 87% do consumo do gás natural em Santa Catarina, a comparação acaba sendo feita com indústrias similares dos outros estados. SC estava com uma desvantagem bastante grande em relação a São Paulo, por exemplo.

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Agora, com essa redução de preços acumulada em 27% este ano, Müller avalia que os preços do insumo em Santa Catarina praticamente se igualaram com os da indústria paulista. Isso significa que o Estado restabeleceu a competitividade no caso específico do gás natural.

O cenário internacional indica que no primeiro semestre de 2024, haverá redução dos preços do petróleo no mercado, o que pode resultar em mais queda nos preços do gás daqui a seis meses, no próximo reajuste tarifário.

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