O Startup Summit, que acontece em Florianópolis nesta quinta e sexta-feira, projeta o ecossistema de tecnologia e inovação de Santa Catarina e ajuda a aproximar investidores, o que permite maior oferta de capital para desenvolver os negócios do setor. A avaliação é do empresário Iomani Engelmann, presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), entidade que junto com o Sebrae nacional realiza a quarta edição do evento, que desta vez acontece presencial e online.

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– Para nós, é muito importante a troca de experiências, o aprendizado coletivo, a apresentação de casos reais. Por isso, a gente tenta trazer muitos casos do Brasil. Muitas vezes temos pessoas do exterior, mas a ideia é ter brasileiros falando para brasileiros sobre como é importante empreender no país – afirma Engelmann.

Outro ponto forte do Startup Summit, segundo o presidente da Acate, são as rodadas de negócios, os eventos paralelos. São realizadas apresentações de startups para investidores, são realizados encontros de investidores, de empreendedores. Tudo isso traz mais aprendizado, observa ele, animado com a retomada presencial do evento, mesmo que parcial. O público no Centrosul será de 1.200 pessoas e no online, mais de 15 mil.

Como o evento é nacional, com apoio do Sebrae, muitos empresários de outros estados vêm para SC ou passam a prestar mais atenção ao ecossistema regional. Para Engelmann, isso é positivo porque traz como resultado mais investidores ao setor. Isso ajuda a resolver um dos principais obstáculos do avanço de startups, que é a falta de capital para a fase inicial do negócio, a Early-stage, que envolve aportes de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão.

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Outro desafio para as startups é a escassez de trabalhadores qualificados. A baixa oferta eleva o custo do trabalho ao setor, o que dificulta o desenvolvimento das startups. O setor foi muito beneficiado com a elevação da demanda em função da pandemia, mas isso impactou mais empresas maiores, já estabelecidas. Muitas startups tiveram dificuldades no período por serem mais desconhecidas e enfrentarem falta de capital.

E quando se fala em crescimento do setor em Santa Catarina, cada fator teve variação diferente, impactado pela pandemia, observa Engelmann. A geração de empregos cresceu de 15% a 18% no primeiro semestre e a captação de recursos deve superar 30% no período. Nesse caso, ele considera investimento direto nas empresas e também o movimento de fusões e aquisições (M&A). Para o primeiro semestre, entre negócios fechados e em andamento, as projeções são de mais de R$ 200 milhões. No segundo semestre, o montante deve ser maior. Sobre crescimento da receita, a entidade ainda não fez levantamento.