Uma alternativa mais acessível para consumidores e empresas aderirem à mobilidade elétrica é a conversão de veículos a combustão em elétricos. Entre as pioneiras a oferecer esse serviço de conversão no Brasil está a startup de Florianópolis Swap-e, que já eletrificou automóvel e veículos de carga.
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– A gente pega um carro a combustão e transforma em 100% elétrico. Hoje, estamos focados em frota de última milha, para logística de entrega. Mas, também convertemos automóveis. Muitas pessoas têm carros clássicos, de família e desejam continuar com o veículo, mas usando de forma mais sustentável. A transformação em elétrico é a solução – destaca o CEO e cofundador da Swap-e, Matheus Dressler Maia.
A propósito, o primeiro automóvel convertido pela startup, que se tornou o protótipo, é um carro de família, o Celta que Maia ganhou do avô. Segundo ele, o custo da conversão corresponde em aproximadamente a metade do preço de um automóvel novo elétrico. O valor maior é da bateria.
– Hoje, a conversão custa a metade de um veículo elétrico novo. Eu falo assim porque a conversão de um carro maior ou mais potente custa mais do que a conversão de um compacto, por exemplo. Existem outros custos que variam de acordo com a autonomia desejada pelo cliente. Portanto, um carro elétrico compacto novo custa em torno de R$ 150 mil e a conversão de um carro a combustão compacto para eletrifico está em torno de R$ 75 mil, podendo variar de acordo com algumas solicitações do cliente. Uma van elétrica nova custa em média R$ 240 mil e a conversão da Swap-e para uma van está custando em torno de R$ 110 mil – detalha o empresário.
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A Swap-e foi fundada por Maia, Vitor Hammerschmitt da Veiga, André Brüning de Andrade e Walter de Faria Maia Junior. Embora a startup seja nova, a equipe já trabalha junto com mobilidade elétrica há mais de cinco anos. O grupo converteu veículos pesados e leves para híbridos ou totalmente elétricos. Também fez protótipo de carro de corrida elétrico.

Atualmente, a Swap-e está fazendo a conversão de uma Fiorino para 100% elétrica em projeto da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). O programa visa estimular a mobilidade elétrica em SC, estado que se destaca pela tecnologia. No caso desse protótipo, o custo é menos da metade do valor de um veículo elétrico e o investimento se paga em 26 meses (payback)
Volta do imposto de importação
Embora, inicialmente, a volta do imposto de importação a partir de janeiro de 2024 pareça favorável para a Swap-e, o CEO da empresa vê como um obstáculo a carga tributária maior.
– Nós, com certeza, estamos trabalhando para que haja mais benefícios para o desenvolvimento nacional de veículos elétricos. Porém, nosso propósito é justamente acelerar essa transição da mobilidade mais sustentável. Então, quanto mais veículos elétricos na rua, melhor. Portanto, medidas como essas atrasam de certa forma a adoção de veículos elétricos no Brasil e isso nos atrapalha também. Queremos que o mercado inteiro cresça –explica Maia.
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Segundo ele, a Swap-e é mais cooperativa do que competitiva nesse aspecto. O mercado de mobilidade elétrica tem várias frentes e a conversão de carros a combustão é uma delas. O objetivo é desenvolver uma indústria de conversão de veículos. A empresa está buscando homologação na Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), que substitui o antigo Denatran.
Segundo o IBGE, o Brasil tinha, em 2022, frota circulante superior a 115 milhões de veículos, incluindo automóveis (60,4 milhões), motocicletas (25,7 milhões), caminhonetes (9 milhões), caminhões (3 milhões), utilitários (1,4 milhão), ônibus (689 mil), caminhão-trator (849 mil), além de tratores, reboques e outros veículos.
A conversão é uma alternativa principalmente para que esses automóveis e outros veículos menores não tenham que ser transformados em sucata nas próximas décadas. É uma alternativa sustentável porque o veículo elétrico não emite CO2 quando trafega e, além disso, ganha longevidade, evitando ter que impactar a natureza para fazer um novo.
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