Com o uso de inteligência artificial e georreferenciamento, a startup de Florianópolis LifesHub Inteligência de Mercado apurou que 195 empresas de todos os portes e setores foram afetadas pela tragédia da enchente de maio no Rio Grande do Sul. A empresa catarinense de tecnologia conseguiu identificar que a maioria das empresas atingidas pelas águas são pequenos negócios e que cerca de 700 mil empregos também foram afetados.

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– Fizemos esse estudo para disponibilizar um perfil bem detalhado das empresas e quais foram as áreas que tiveram mais empregos afetados. Identificamos que entre os setores que mais tiveram empregos atingidos estão o comércio varejista, gastronomia (bares e restaurantes) e de salões de beleza. Nos chamou a atenção que foram as pequenas e microempresas, as que faturam até 360 mil por ano, as mais prejudicadas – destacou o fundador e CEO da LifesHub, Ademar José de Oliveira Paes Junior.

Na avaliação do empresário, que também é médico e ex-presidente da Associação Catarinense de Medicina (ACM), é preciso definir com urgência medidas públicas para que essas pessoas e empresas possam retomar suas vidas. Segundo ele, a inteligência de dados é importante porque permite dar uma ajuda mais precisa para quem necessita.

Ele explica que a LifesHub apurou, com o uso de inteligência artificial, qual o faturamento das empresas que foram alagadas, localização e número de funcionários. Foram avaliados quase 100 atributos dessas empresas. Além, disso, o levantamento separou por setores.

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– Isso é importante porque cada setor tem um perfil de necessidade financeira para se recuperar. Alguns precisam de recursos maiores, outros, de valores menores. Existem empresas que dependem de ajuda de fornecedores, outras nem tanto. Algumas tem fluxo de caixa mais rápido, outras, mais lento. Então, o perfil de financiamento deve partir do pressuposto que se sabe quais foram as empresas atingidas para que os recursos empregados não sejam direcionados apenas para um grupo pequeno de setores – observa Ademar Junior.

Segundo ele, a LifesHub é uma empresa que reúne mais de 17 mil fontes de dados, entre bases públicas, metadados proprietários e tecnologia que faz varredura em redes sociais para reunir numa mesma plataforma todas as informações de mercado. As primeiras análises que ela fez sobre impactos regionais de problemas foram em Santa Catarina, durante a pandemia.

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