As intrigas entre a família Bolsonaro e parlamentares via Twitter causou desânimo não só na bolsa de valores, a B3, que desabou mil pontos semana passada, mas também no setor privado catarinense, que espera a aprovação da reforma da Previdência para retomar investimentos.
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Na manhã de sexta-feira (22), o assunto que preocupava empresários na reunião da diretoria da Federação das Indústrias (Fiesc) não era a prisão do ex-presidente Michel Temer, mas a falta de sintonia entre o governo federal e o Congresso para aprovar a reforma da Previdência.
Provas de que essa insegurança já causa estragos na economia do Estado está na queda, nos dois últimos meses, do Índice de Confiança do Empresário Industrial Catarinense (ICEI). Em março, o índice teve retração de 2,3 pontos e ficou em 65,7 pontos. No mês anterior, fevereiro, a retração da confiança foi menor, de 0,5 pontos, e a média de SC fechou em 68 pontos.
O que se espera é que os deputados façam algum ajuste necessário e aprovem a reforma da Previdência para que o país volte a crescer. A impressão que se tem é que os políticos ainda não perceberam a gravidade da estagnação econômica. Sem o ajuste fiscal, os salários mais altos serão os primeiros afetados, incluindo os dos políticos.
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