Lideranças do setor de tecnologia de Santa Catarina se reuniram nesta quarta-feira com senadores catarinenses e outras lideranças, em Brasília, para pedir apoio por uma alíquota menor do que a média na reforma tributária. Cálculos apontam que o aumento da carga ao setor pode chegar a 342%.
Continua depois da publicidade
Participaram da reunião o presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Iomani Engelmann, os secretários de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Fett, e de Articulação Nacional, Vânia Franco, mais o prefeito de Florianópolis, Topazio Neto, além de outras autoridades e empresários.
Saiba como receber notícias do NSC Total no WhatsApp
Os senadores catarinenses Esperidião Amin, Ivete da Silveira e Jorge Seif manifestaram apoio ao pleito do setor de tecnologia do Estado. Os empresários de SC também conversaram com os senadores Efaim Filho, da Paraíba, e Confúcio Moura, de Rondônia.
A articulação da agenda foi do secretário Fett com apoio de Vânia Franco. A preocupação é com os impactos negativos de um eventual salto na tributação do setor.
Continua depois da publicidade
– Não estamos discutindo a importância da Reforma Tributária, mas os impactos no setor de tecnologia, que é um setor que gera muita riqueza, que contribui muito para a competitividade. Da maneira que foi aprovada na Câmara dos Deputados, o retrocesso será gigantesco. A pergunta é: de que forma os senadores vão interceder por esse setor – questionou Fett.
As reuniões em Brasília começaram cedo nesta quarta-feira. Senadores de SC, outras lideranças nacionais e empresários do Estado participaram de um café da manhã organizado por Vânia Franco. O assunto foi que tipo de mudança pode ser feito no projeto para evitar que o setor tenha impacto tributário elevado e perca competitividade em diversos aspectos.
– Estamos contando com o apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia do nosso Estado, que está articulando essa visita aqui nossa aqui em Brasília, junto com a Secretaria de Articulação Nacional, para sensibilizar os parlamentares. Se a reforma caminhar da forma como está, muito potencialmente vai estar matando o setor de tecnologia e inovação, que é um grande vetor hoje de desenvolvimento econômico e social – alertou o presidente da Acate.
Atualmente, o setor paga 5% de ISS e 3,65% de Pis e Cofins. Pela reforma, esses dois tributos pagarão 25% de IBS e CBS, os novos impostos. A alta ao setor chegará a 189% de aumento da carga de impostos.
Continua depois da publicidade
– Vou procurar o relator e pedir para incluir os pedidos apresentados pelas lideranças. Precisamos defender as empresas de tecnologia que produzem trabalho e renda pro nosso povo – afirmou a senadora Ivete da Silveira.
O senador Jorge Seif reconheceu que o projeto da reforma tributária, do jeito que está, vai gerar redução de emprego, renda e sonegação. Ele prometeu levar o pleito do setor ao relator da reforma, o senador Eduardo Braga, para cobrar uma mudança ao setor de tecnologia.
Conforme Vânia Franco, o trabalho da pasta na articulação começou com conversas com os senadores da Comissão de Ciência e Tecnologia. Agora, será com a Comissão de Constituição e Justiça. É grande a luta de diversos setores para ter alíquota baixa, mas o governo federal quer menos interferência para poder definir alíquota menor para todos.
*Com informações da assessoria da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia.
Leia também
Multinacional baseada em SC lucra 86% mais e tem projetos de R$ 14,5 bilhões
Varejista de SC inaugura três lojas sábado; uma em cidade do Vale
Porto de Santa Catarina bate três recordes de atividades em julho
Lide SC discute em Brasília avanços da gestão pública e privada para competitividade