O segundo ano da pandemia foi de expansão acelerada para o ecossistema de tecnologia e inovação de Santa Catarina. As empresas do setor geraram 10,3 mil novos empregos, o terceiro melhor resultado do Brasil. Ele é quatro vezes o número de vagas do ano anterior, que fechou com 2,5 mil novas admissões. Para o vice-presidente de Talentos da Acate, Moacir Marafon, o setor deve continuar aquecido. Os dados foram apurados pelo Observatório da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) junto ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
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O desempenho está em sintonia com o alto nível de atividade econômica no Estado, apesar da pandemia.Tiveram resultado superior a SC apenas dois grandes estados: São Paulo, que gerou 54,4 mil e Minas Gerais, com 12.3 mil.
– A pandemia acelerou ainda mais a transformação digital em todos os setores da economia, além de proporcionar a adoção massiva do home office e a explosão de serviços online, demandando cada vez mais soluções de tecnologia – afirma Marafon.
Segundo ele, as principais causas dessa expansão de vagas são a adoção de home office pela maioria das empresas e explosão de serviços on-line. As vagas foram abertas principalmente para as atividades de serviços de TI, prestação de serviço, manutenção, telecomunicações e pesquisa e desenvolvimento.
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A Acate ouviu empresas que criaram vagas acima da média no ano passado. Uma delas foi a fintech Asaas, de Joinville, que ampliou a equipe de 184 colaboradores para 488. A Zucchetti, de Concórdia, que foi adquirida por uma multinacional italiana, contratou 70 profissionais em SC e 30 em São Paulo.
O maior desafio do setor é justamente a falta de profissionais qualificados, em especial desenvolvedores de sistemas. Por isso, tanto o setor privado quanto o público estão empenhados em formar mais pessoas em Santa Catarina. Enquanto a Acate e o Senai desenvolvem o projeto DEVinHouse, o governo do Estado, por meio da Fapesc, apoia o Entra 21, da Blusoft, que oferece vagas presenciais e on-line.