Dados inéditos apresentados pela Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) na abertura do Startup Summit mostram que o setor de tecnologia de SC fechou o ano de 2023 com faturamento de R$ 38,3 bilhões, 7,5% superior ao do ano anterior. No Brasil, o setor somou R$ 754 bilhões de faturamento no ano passado, com alta de 5,2% frente a 2022.

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Também no ano passado, o ecossistema de tecnologia de Santa Catarina contava com 27.663 empresas, 15% mais do que no ano anterior. O estado registrou crescimento de 7,6% no setor em 2023, a segunda maior variação, atrás do Ceará, que cresceu 7,8%. Em terceiro ficou o Paraná com alta de 5,5%.

No ranking de participação do setor de TI no Produto Interno Bruto (PIB) SC ficou em terceiro lugar. Amazonas liderou com 154%, São Paulo ficou em segundo lugar com 11% e SC em terceiro, com 7,5%.

Quanto a participação no PIB, o Amazonas se destaca pela influência da Zona Franca de Manaus. São Paulo ter forte participação por ser o maior polo econômico do país e contar com intensiva participação do setor nos serviços.

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Santa Catarina se destaca por ter um ecossistema em crescimento impulsionado por outros setores dinâmicos da economia. Está entre os estados com as maiores taxas de criação de novas empresas de TI nos últimos anos.

Esse levantamento de informações é realizado pela empresa Neoway, numa parceria com o Observatório Acate. Todos os dados são públicos e pela primeira vez, o trabalho traz uma análise nacional.

Quadro mostra o número de empresas de TI e faturamento do setor nos estados (Reprodução)

Outro destaque no levantamento é o mercado de trabalho de TI. O Brasil encerrou 2023 com 1,1 milhão de trabalhadores no setor, 10% mais, em média, frente ao ano anterior. São Paulo responde por vagas para 40% desses trabalhadores.

Santa Catarina respondeu por 7,88% dessas vagas, ficando em quarto lugar no ranking de empregos de TI. Em segundo lugar ficou Minas Gerais (8,9%) e seguido pelo Rio de Janeiro (7,9%). Mas em SC o setor tem mais impacto porque é o estado menos populoso dentre esses mais bem colocados.

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O levantamento da Neoway também incluiu comparações salariais. Em média, o setor de TI paga salários de R$ 5 mil, enquanto a indústria paga 3 mil, a construção e comércio R$ 2,5 mil e os serviços de alojamento e alimentação, 1,8 mil.  

– Em 1986, existiam cerca de 100 empresas de tecnologia em Santa Catarina, e hoje os dados comprovam que Santa Catarina é o terceiro estado do Brasil com maior número de companhias em relação ao número de habitantes, atrás apenas de São Paulo e do Distrito Federal. O crescimento é exponencial e ampliar a representatividade no PIB é um dos grandes objetivos, visto que somos um estado de muita diversidade na economia com indústria, agronegócio e serviços fortes – avalia o presidente da Acate, Diego Ramos.

Conforme dirigente, a Acate estima que o setor de tecnologia vai responder por 10% do PIB do Estado até 2030. Para Diego Ramos, o relatório do Observatório Acate mostra a relevância do setor de tecnologia para o crescimento econômico do Brasil.

– Temos a consciência que hoje a tecnologia é a maior direcionadora do progresso mundial, proporcionando forte potencial de geração de PIB, renda e empregos de qualidade – destacou o empresário.

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