O problema criado pelo governo de Santa Catarina para os pequenos produtores independentes de carne suína e de frango ao aumentar alíquotas de ICMS começa a pesar mais. Desde agosto, com a mudança, esses dois produtos perderam competitividade frente ao Paraná e outros Estados, alerta o empresário Miguel do Valle, sócio do frigorífico Irmãos do Valle, do Oeste de SC. O setor espera uma medida que interrompa essa cobrança.
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Para deixar mais claro o tamanho do problema, o empresário fez uma simulação de ICMS pago na venda de carne suína com margem de 20%, considerando um frigorífico que compra e vende no Paraná e outro que compra e vende em SC. No caso de uma compra no Paraná de R$ 100 com venda a R$ 120, o ICMS pago é 0,00. No caso de uma compra em SC de R$ 100 e venda por R$ 120, o ICMS pago é R$ 7,56. Segundo o empresário, esses números mostram que a alteração tributária em SC é um tiro no pé porque não dá para competir.
O governo prometeu corrigir distorções com o projeto do rescaldo, mas ainda não apresentou o mesmo para a Assembleia. Questionada sobre o problema levantado pelo empresário, a Fazenda do Estado respondeu terça-feira que desde o ano passado o governo trabalha com a convalidação e a revisão dos benefícios fiscais no ICMS.
— A Secretaria da Fazenda também estuda possíveis alterações na legislação tributária que trata das operações com carne suína e frango, visando tornar mais competitiva a indústria frigorífica catarinense, especialmente diante dos benefícios fiscais concedidos pelos estados vizinhos (PR e RS). Além disso, no início deste ano, organizou o Fórum dos Fiscos dos Estados do Sul com o objetivo de equalizar os benefícios fiscais concedidos na região Sul, principalmente aqueles ligados à agroindústria, incluindo o setor de carnes e leiteiro, sendo que duas reuniões já foram realizadas – informou a Fazenda.
Expogestão
Líderes empresariais catarinenses se reúnem nesta quinta-feira, no Infinity Blue Resort, em mais uma Jornada de Conhecimento Expogestão, organizada pelo empresário Alonso Torres. Entre os temas, estratégias, tendências, inovação, finanças e negócios. Uma preocupação que cresce no mercado, conforme Torres, é o risco de recessão global, quando essa crise virá e qual será o tamanho. Entre os palestrantes, Celso Ienaga, especialista em estratégia e inovação, e o economista Alexandre Schwartsman.
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Vinhos
A Vinícola Kranz, de Treze Tílias, foi eleita a Vinícola Revelação do Ano na 8ª edição da Grande Prova de Vinhos Brasil, realizada em Bento Gonçalves, RS, dia 26 de setembro. Em oito anos, é a segunda vez que uma empresa recebe o título. O anterior foi há três anos. O casal de sócios Walter e Ao Kranz ficaram surpresos com o resultado. A vinícola da família conquistou 10 prêmios desta vez, sendo dois Doble Ouro: o vinho Kranz Merlot 2008 e o Suco de Uva Integral Tinto.
Custo de vida
A inflação de Florianópolis, apurada mensalmente pela Esag-Udesc por meio do Índice de Custo de Vida (ICV), fechou setembro com alta de 0,30%, acima do mesmo mês de 2018 (-0,03) e do mês anterior, agosto (0,16%). O que puxou mais a alta foi a alimentação fora de casa, que subiu 1,8%. Chamou a atenção a queda de 0,90% nos preços dos supermercados. Sobre isso, um empresário avaliou que a concorrência é maior nas grandes empresas. Os transportes, com alta de 0,70%, também pressionaram a inflação.
Crescimento
A Librelato, de Içara, que fabrica implementos rodoviários como reboques, bitrens e outros produtos, acelerou crescimento graças à maior demanda no Brasil e América Latina. O CEO da empresa, José Carlos Sprícigo, destaca que no ano passado o faturamento cresceu 100% e chegou a R$ 500 milhões. Para este ano, a projeção é R$ 900 milhões, o que representará um crescimento de 180%. Segundo ele, isso está sendo possível porque a empresa estava com capacidade ociosa. A companhia vai comemorar 50 anos na Fenatran, em São Paulo, dia 14, com o lançamento de produtos inovadores.
— Vamos destinar R$ 31 milhões em investimentos somente em indústria 4.0 – diz.