O ano de 2024 será, novamente, de expansão para o setor atacadista distribuidor do Brasil. De janeiro a maio, alcançou crescimento de 5,7% nominal (sem excluir a inflação) frente aos mesmos meses de 2023. Isso depois de ter alta também nominal de 10,9% durante 2023 e fechar o ano com faturamento de R$ 403,9 bilhões.
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Os dados são do Termômetro Abad NielsenIQ, parceria da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores e da Nielsen. Foram divulgados na tarde desta segunda-feira pelo presidente da Abad, Leonardo Miguel Severini, e pelo diretor da NielsonIQ, Domenico Tremarolli, antes da abertura da 43ª Convenção Anual do Canal Indireto.
O evento, que tem como temas principais os desafios da inteligência artificial e de ESG ao setor, reúne mais de 700 empresários de todo o Brasil em Atibaia, região serrana da Grande São Paulo. A programação vai até a manhã de quarta-feira e conta com a participação de representantes do setor em Santa Catarina.
A pesquisa mensal feita pela Nielsen apurou bons desempenhos nos últimos meses. Em abril, a alta nominal chegou a 10,7% frente ao mesmo mês do ano passado e em maio, subiu 6,1%. As empresas que mais cresceram foram as com faturamento acima de R$ 100 milhões por ano.
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– O acompanhamento desse crescimento em relação ao ano passado, a gente tem uma confirmação de tendencia de fato – disse o presidente da Abad, sobre a expectativa de crescimento para este ano.
Apesar do crescimento, o levantamento da Nielsen apurou que os consumidores estão mais cuidadosos nos gastos, apesar de ter registrado crescimento tanto de produtos de maior valor, quanto de produtos mais populares.
De acordo com o diretor da Nielsen, Domenico Tremarolli, a pesquisa feita em 2023 sobre expectativas para 2024 foi positiva em termos de expansão de atividade, o que resulta em mais faturamento. Das empresas entrevistadas, 543% informaram que aumentariam o quadro de trabalhadores e 40,5% disseram que manteriam estável.
Quanto a crescimento de volume de produtos a ser comercializado, 66,4% informaram que teriam expansão e 30,7%, estabilidade. Em relação a base de clientes, 79,6% informaram que teriam crescimento e 19,1%, que seguiram com o mesmo número.
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O setor atacadista distribuidor é o responsável pelas vendas de produtos industriais para o varejo. Ele faz essa intermediação comercial. No Brasil, responde por cerca da metade do movimento de vendas do varejo, que no ano passado somou quase R$ 770 bilhões de faturamento.
Desafio da inteligência artificial
Para o presidente da Abad, a inteligência artificial é a nova tecnologia que vai ter maior influência nos negócios do setor. Para as empresas, bastará escolher o “cavalo” em que vão montar, isto é, qual fornecedor vão contratar para contar com esses novos serviços que, em certa medida, já são uma realidade.
Para presidente da Associação dos Distribuidores e Atacadistas Catarinenses (Abac), Alexandro Segala, presente no evento em Atibaia, a inteligência artificial vai colaborar para aumentar a oferta de produtos aos pontos de venda.
– Agora, estamos com esperança de que venha muito rapidamente, muita informação para ajudar na venda, na comercialização propriamente dita – observou Segala, que espera uma redução de vendas por leilão, em especial pelo Whatsapp.
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*A colunista viajou a convite da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores