Apesar de ainda enfrentar altos e baixos, o setor de serviços deixou a recessão para traz em Santa Catarina. A pesquisa mensal do setor realiza pelo IBGE apurou crescimento de 1,8% em volume frente ao mês anterior, setembro, e alta de 4,9% em relação ao mesmo período de 2017. No acumulado do ano, o setor cresceu 1,2% e em 12 meses, avançou 1,3%. Em receita nominal, o setor de serviços no Estado cresceu 1,7% frente ao mês anterior, 8,3% em relação ao mesmo mês do ano passado e 4,5% no acumulado de 2018 até outubro.
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Entre os grupos pesquisados pelo IBGE em SC, no mês de outubro frente ao mesmo período de 2017 a maior alta ocorreu em Transportes e correios, 8,7%, seguido por Serviços de Informação e Comunicação 7,6% e serviços às famílias, 4,5%. O único grupo com resultado negativo foi o de serviços profissionais, administrativos e complementares, que teve queda de 9,5%.
No Brasil, o setor cresceu 0,1% em outubro frente a setembro, 1,5% em relação a outubro do ano passado e, no ano caiu -0,2%. A expectativa é de que nos dois últimos meses deste ano e também em 2019, com maior ritmo da economia, os serviços tenham resultados melhores em Santa Catarina.
R$ 800 mi ao Estado
Uma discussão judicial de oito anos teve decisão favorável ao governo do Estado, que pode levar R$ 800 milhões e mais um ganho anual de R$ 415 milhões. A 4ª Câmara do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) decidiu, por unanimidade, pela correção da base de cálculo do ICMS por substituição tributária ao setor atacadista de medicamento. O cálculo do ICMS sobre medicamentos é feito com base na tabela do preço máximo de venda ao consumidor enquanto a Associação dos Distribuidores de Medicamentos de SC (Adimesc) reivindicava a tributação sobre a média dos preços praticados. O coordenador do grupo de especialistas da Fazenda de SC que investiga medicamentos (Gesmed), Carlos Socachewsky diz que a decisão do TJ garantiu a aplicação da lei, evitando concorrência desleal em prejuízo dos contribuintes que cumpriram as normas. A Adimesc pode recorrer ao STJ, mas não tem efeito suspensivo, ou seja, o governo de SC pode entrar com ação para cobrar esses créditos.
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Apagão logístico
Para o presidente da Federação das Empresas de Transportes e Logística de SC (Fetrancesc) Ari Rabaiolli, se a economia brasileira crescer 2,5% a 3% no ano que vem, pode ter um apagão logístico. Isto porque não há caminhão suficiente para atender a demanda de transporte do país. Segundo ele, muitas pessoas que não eram do setor entraram com a oferta de crédito barato em 2012, mas saíram do mercado com a recessão.
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