Um dos projetos de concessão à iniciativa privada em andamento pelo atual governo federal é o do Porto de Itajaí, que agora enfrenta a polêmica sobre a saída da operadora portuária APM Terminals em 31 de dezembro. O plano do Ministério da Infraestrutura é viabilizar o leilão de privatização este ano. Mas se não avançar e o presidente eleito for Luíz Inácio Lula da Silva (PT), esse processo será suspenso, informa o candidato do PT ao governo do Estado, Décio Lima, que dirigiu esse terminal durante o governo Lula.

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Segundo ele, esses processos de privatização de portos vão parar porque o PT tem uma visão muito clara sobre portos, considerando a importância dos mesmos para a atividade econômica do país.

– Eles são portas para o mundo e é uma questão de soberania nacional. Privatizar portos é você submeter o Brasil a uma pilhagem voraz dos processos da economia internacional. Então, a autoridade portuária é um conceito que garante a proteção da nossa economia, das cadeias produtivas para que elas possam ter a logística necessária para chegar a outros mercados – explica Décio Lima.

APM informa que sai do Porto de Itajaí em dezembro e causa apreensão

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Segundo ele, o governo poderá estabelecer parcerias com a iniciativa privada, mas em nenhum momento imagina que o porto deixe de ser uma autoridade pública portuária.

A assessoria de Décio Lima disse que ele foi procurado por sindicatos de trabalhadores portuários de Itajaí, São Francisco do Sul e Laguna, que solicitaram a suspensão de processos de privatização. O plano, no caso de Itajaí, é continuar no modelo atual, com porto municipal, mas contando com empresas privadas operando os serviços.

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