Após 14 anos de trabalho e superação de muitos obstáculos, a concessionária SCGÁS concluiu a instalação da rede de gasoduto que leva gás natural até a Serra Catarinense. A inauguração será na noite de 16 de outubro, na Associação Empresarial de Lages, com a participação do governador Jorginho Mello e outras lideranças. O trecho do gasoduto entre Indaial e Lages tem 221 quilômetros e recebeu investimentos de R$ 350 milhões, em valores atualizados. Essa é considerada uma das maiores obras emm andamento, feitas por uma concessionária de distribuição do insumo no Brasil.

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– A conclusão desse gasoduto representa um avanço significativo na política de interiorização do desenvolvimento econômico de Santa Catarina. O gás natural é um grande indutor de desenvolvimento porque possibilita abastecer a indústria, comércio, residências e o transporte de carga, além de gerar energia. Esse é um investimento de longo prazo de vários governos que foi reforçado pelo governador Jorginho Mello, diante da importância de buscar maior equilíbrio do desenvolvimento econômico no Estado, que está cada vez mais centrado no Litoral – destacou o presidente da SCGÁS, Otmar Müller.  

Otmar Müller, presidente da SCGÁS (Foto: Filipe Scotti, Divulgação)

Para fazer essa obra, a SCGÁS e empresas parcerias enfrentaram diversos obstáculos. Teve fase de menor quantidade de recursos para investir e também os desafios da natureza, de instalar gasoduto em trechos montanhosos ou em travessias de rios. Uma delas foi do Rio Hercílio em Ibirama e outra do Rio Trombudo, em Trombudo Central.

O gasoduto entre Indaial e Lages tem 195 quilômetros, mas o total chega a 221 porque inclui a rede de distribuição já feita antecipadamente na cidade de Lages, com 26 quilômetros, que era atendida por gás natural comprimido, levado por caminhão.

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De acordo com o presidente da SCGÁS, quando o projeto começou, em 2010, era grande a expectativa de que diversas indústrias da região serrana, inclusive papeleiras e madeireiras, usariam gás natural por ser um insumo mais limpo, com menos emissões na atmosfera.

Mas com o avanço da conjuntura econômica e outros fatores, essas empresas estão usando biomassa e GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), o que restringe o potencial de vendas do insumo no momento. Contudo, essa nova infraestrutura abre potencial para novas empresas de diversos setores se instalarem na região e, também, de expansão do gás natural residencial, que pode atender sistemas de aquecimento de ambientes, como acontece nos países mais frios.  

Por enquanto, uma oportunidade de uso maior do insumo é o da usina termelétrica de Trombudo Central, a UTE Trombudo, que está em construção. A empresa investidora é a Beta Produtora de Energia SPE SA, que é usuária livre de gás natural, cliente da distribuidora SCGÁS.

O presidente da SCGÁS informa também que outra oportunidade de uso do gás natural é composição de mix para atender o Meio Oeste catarinense, que tem projetos para uso de biometano. Como esse energético verde pode ter oferta variável, o gás natural seria uma alternativa firme de complementação.

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