Concessionária de gás natural em Santa Catarina, a SCGás chega aos 30 anos com avanços na oferta do insumo e com projetos para diversificar mais consumidores e fornecedores. A companhia fez evento na manhã desta sexta-feira (23) para celebrar a data e informar sua visão de futuro. Segundo o presidente Otmar Müller, entre os novos focos estão oferecer gás natural veicular (GNV) para caminhões, ampliar a oferta para residências e distribuir biogás.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp 

Fundada em 1993, a SCGás é a segunda maior distribuidora de gás natural canalizado no Brasil em número de municípios atendidos. Atende atualmente mais de 25 mil consumidores e tem 1.500 quilômetros de rede de gasoduto construídas.

Conforme Müller, este ano a companhia vai investir aproximadamente R$ 100 milhões, que fazem parte de um plano de investimentos de longo prazo de sete anos, que soma R$ 776,5 milhões incluindo o valor de 2024. Os maiores projetos para 2024 são obras para a expansão da oferta de gás no Sul do Estado e a conclusão do Projeto Serra Catarinense, com a conclusão do gasoduto até Lages, o que vai oportunizar melhores condições para investimentos em toda a região.

Quanto à demanda, ele diz que o momento é de dificuldades em função do cenário econômico brasileiro, que retraiu vendas. Por isso, a empresa está buscando alternativas para recuperar a competitividade.

Continua depois da publicidade

– Na indústria dependemos do cenário macroeconômico. Então, nós estamos focando muito na recuperação do mercado veicular. Também buscamos a inserção no mercado de cargas pesadas, que é um segmento que tem crescido muito no Brasil. São caminhões que rodam exclusivamente com gás natural ou biometano – destaca Müller.

Outro foco da SCGás é a expansão no mercado urbano, especialmente na oferta de gás natural para condomínios residenciais. A empresa também trabalha para avançar na interiorização, ou seja, oferecer o insumo para cada vez mais cidades do interior. Então, além da chegada do gasoduto em Lages, um projeto de 10 anos que recebeu investimentos de R$ 276 milhões, a empresa vai iniciar uma rede regional no Planalto Norte, para atender grandes indústrias de papel na região de Canoinhas e Três Barras.

Presidente da SCGás apresenta dados da empresa no evento (Foto: Cassiano Ferraz, Divulgação)

– Outro ponto que nós estamos incentivando e procurando ajudar junto com outras entidades do governo do Estado é a produção de biometano. Isso porque o biometano tem características iguais ao gás natural. Ele pode ser introduzido na rede de gás natural e tem a grande vantagem de ser carbono negativo. É um carbono que está aí a natureza poluindo. Através da conversão, ele é transformado em biogás e biometano – ressalta o presidente da SCGás.

Uma empresa desejada

Contar com uma distribuidora de gás natural no Estado foi, por décadas, o sonho de muitas empresas industriais, em especial do setor cerâmico. Isso porque o gás natural é um insumo menos poluente que as alternativas que eram usadas anteriormente e, também, oferece energia mais estável.

Continua depois da publicidade

Então, as articulações para trazer o gás de forma mais concreta começaram em 1989, quando também começou a ser feito o gasoduto Bolívia-Brasil, o Gasbol. A SCGás foi fundada em 25 de fevereiro de 1994. Até viabilizar a chegada do insumo, foram necessários seis anos. A primeira empresa a receber ligação de gás natural em SC, foi a indústria têxtil Döhler, de Joinville, em 06 de abril de 2000.

Leia também

Irani alcança lucro de R$ 383,4 milhões em 2023, com alta de 1,4%

Com R$ 1,2 bilhão em projetos, construtora lança empreendimento na cidade que mais cresce em SC

“BRDE oferece soluções que vão além de operações de crédito”, diz presidente do banco