Estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil estimou que Santa Catarina terá ganho líquido de R$ 14,8 bilhões com a universalização do acesso ao saneamento básico. A informação foi destacada pela presidente executiva da instituição, Luana Siewert Pretto, em palestra durante o Fórum Brasil ODS 2023, que abriu nesta quinta-feira e se encerra hoje, na Assembleia Legislativa, em Florianópolis.
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Segundo ela, os ganhos principais serão em saúde, produtividade, turismo e valorização imobiliária. A redução dos custos com saúde ocorrem porque as pessoas ficam menos doentes e, assim, se tornam mais produtivas no trabalho. A projeção foca o longo prazo.
Na área de saúde, os ganhos seriam superiores a R$ 8 bilhões até após 2050. No turismo, seriam de R$ 3 bilhões, em produtividade do trabalho R$ 1,8 bilhão e em valorização imobiliária, R$ 1,9 bilhão.
No caso dos imóveis, a universalização do saneamento básico melhoraria o meio ambiente como um todo. Então, a valorização imobiliária em Santa Catarina seria da ordem de R$ 101 milhões por ano, somando R$ 1,9 bilhão até 2040.
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– A relação indica que para cada R$ 1,00 investido em saneamento básico em Santa Catarina, o estado teria R$ 3,70 de aumento de riqueza. No longo prazo, chega a R$ 5,70 informou Luana.
Mulheres e crianças sofrem mais sem saneamento
Conforme a presidente do Trata Brasil, as mulheres são as que mais sofrem com a falta de saneamento básico, mas as crianças são muito prejudicadas. Pesquisas indicam que crianças em regiões com esgoto tratado estudam, em média, nove anos. E as que estão em localidades sem esgoto estudam cinco anos.
As mulheres são triplamente afetadas, conforme Luana. Isso porque sem saneamento básico elas enfrentam 63% mais incidência de doenças ginecológicas, elas precisam cuidar das crianças quando essas ficam doentes e, também, têm que cuidar dos adultos da família quando esses ficam doentes. Assim, elas têm que falar mais ao trabalho e isso reduz produtividade.
Desafio de preservar as águas
O tema central do Fórum Brasil ODS deste ano foi a preservação e descentralização das águas. Segundo o coordenador do movimento ODS em Santa Catarina, Gilson Zimmermann, todos os painéis abordaram esse assunto pela sua relevância dele em todos os aspectos da vida.
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– A água envolve a urgência climática, o saneamento básico e toda a situação da vida humana na Terra. Não tem como ter escassez ou excesso de volume de água sem que isso atrapalhe a vida das pessoas. Por isso a gente definiu como tema central a água para ter essa amplitude da importância para os seres humanos, para a vida na terra – destacou Zimmermann.
Segundo ele, os especialistas e políticos que aqui estiveram no evento, mostraram informações sobre água e saneamento. Apesar de outros estados terem menos saneamento básico do que SC, é preciso que o estado acelere investimentos para alcançar maior percentual desse serviço. Hoje, SC conta com cerca de 25% de esgoto tratado.
O marco legal de saneamento do Brasil prevê que o país atinja a universalização em 2033, com 90% de esgoto tratado e 100% de água tratada, a exemplo de todo o país. Até o momento, o grande obstáculo tem sido a falta de disponibilidade de recursos para investimentos.
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