
Acontece neste domingo – 21 de abril – o Dia Mundial da Criatividade, instituído pela ONU em 2017. SC estreia na programação com cinco cidades que oferecem informações e atividades para esse setor.
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Na entrevista, o empresário Alex Lima, coordenador do evento em Florianópolis, fala sobre impactos positivos da economia criativa. Ele também é professor e fundador e CEO da Glóbulo, empresa voltada à consultoria em estratégia e inovação. Interessados podem se inscrever no site.
Quais são cidades de SC que participam do Dia Mundial da Criatividade?
No Estado, participam Florianópolis, Tubarão, Imbituba, Joinville e Rio do Sul. No Brasil, 56 cidades estão participando dessa iniciativa. Em cada cidade há um líder que coordena uma agenda e conecta pessoas.
Como será a programação em Florianópolis?
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Será no SebraeLeb, na SC-401. Teremos palestras, rodas de conversas e oficinas variadas. Uma oficina será sobre maxicrochê. Há prédios sendo decorados com isso. O italiano que fez a iluminação do Cristo Redentor durante as Olimpíadas vai ensinar como usar iluminação para valorizar áreas urbanas. Teremos também palestras sobre criatividade quântica e outras.
De que forma a criatividade fortalece a economia?
Na minha opinião, criatividade é uma forma diferente de chegar no mesmo ponto. Na economia, é criar um negócio diferente, um nicho de mercado… Há uma característica bem forte procurada por empresas, que é o pensamento criativo. Criatividade não é só pintar um quadro, mas principalmente encontrar soluções de forma diferente.
Pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) colocou SC em quarto lugar entre os Estados mais criativos. Como avalia a indústria criativa do Estado?
Quando a gente fala em indústria criativa inclui segmentos como design, audiovisual, arquitetura…No Estado, ela está muito forte. SC tem potencial para ir muito além na indústria criativa do que aponta essa pesquisa. A indústria criativa pode levar soluções para outras empresas. A Fiesc incluiu a indústria criativa no Programa de Desenvolvimento Estratégico da Indústria (PDIC). Na minha visão, seria importante incluir mais segmentos. Está focado em audiovisual, que é importante, mas outras áreas são tão fortes quanto.
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Como está Florianópolis no setor?
Florianópolis se destaca como cidade criativa em várias áreas. Quando a gente fala em qualidade de vida, também está falando em cidade criativa, não necessariamente na área da saúde, mas de expressão, contato com a natureza e ambientes inspiradores. Quando a gente pensa em visual, um exemplo eram os postes pintados da Lagoa. Quando se pensa em tecnologia, podemos criar algo do zero. O Vale do Silício, na Califórnia, tinha a transformação digital junto com a transformação criativa. Nas garagens, não desenvolviam apenas hardware, mas criavam música e arte. Tanto que a Apple é criatividade e tecnologia junto. Se Florianópolis colocar a transformação digital ao lado da transformação criativa, embora não na mesma proporção, pode abrir novo caminho para a indústria de TI, turismo e construção civil. Florianópolis é Cidade Criativa Unesco da Gastronomia há quatro anos.
Como avalia o lançamento de cursos sobre economia criativa?
Acho ótimo. A economia criativa vem com força e esses cursos vão além, ajudam a aprimorar outros cursos.