Estado tem 1,6 milhão de jovens com idade entre 15 anos e 29 anos. Nesse grupo de pessoas que representam o futuro, 229 mil, o equivalente a 14%, integram os nem-nem, ou seja, os que nem estudam nem trabalham. Do total de jovens catarinenses, 704 mil trabalham e não estudam (44%), 353 mil estudam e não trabalham (22%) e 315 mil estudam e trabalham (20%). O Estado tem 582 mil (36%) de jovens fora do trabalho.

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Os dados são da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE sobre esse tema, relativos a 2017; e foram analisados pelo Observatório da Federação das Indústrias de SC (Fiesc).

Como o desafio dos nem-nem está muito ligado à oferta de emprego, Santa Catarina, que tem a menor taxa de desemprego do país, registra percentual menor nesse grupo. A mesma pesquisa mostrou que a média nacional de nem-nem alcançou 23% dos jovens entre 15 e 29 anos, o que representou 11,1 milhões de pessoas em 2017. O total de jovens no país na faixa etária de 15 a 29 anos foi estimado em 48,5 milhões, dos quais 14 milhões estudam e não trabalham (29%), 17 milhões trabalham e não estudam (35%) e 6,4 milhões trabalham e estudam (13%). São 25 milhões que não trabalham no país, 52% do total.

Na avaliação do diretor regional do Senai/SC, Fabrizio Machado Pereira, a solução para reduzir essa estatística é a educação, com o uso de tecnologias para que o estudante seja protagonista do seu aprendizado.

Em SC, 64% desse grupo que nem estuda nem trabalha é do sexo feminino e 36%, masculino, informa o IBGE. Segundo a instituição, entre as razões dessa condição, para as moças, estão cuidados familiares, trabalho doméstico, falta de dinheiro para estudar, gravidez precoce e ajuda nos negócios da família. Para os rapazes, a maioria está desempregada, não tem dinheiro para continuar estudando ou já concluiu os estudos. Apenas um pequeno grupo, menos de 20%, não tem interesse em trabalhar ou estudar.

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Melhor é estudar

Aos jovens que estão sem estudar nem trabalhar, a melhor alternativa é seguir estudando. Segundo o diretor do Senai-SC, Fabrizio Pereira, tanto o Senai quanto o Sesi se empenham no Estado para formar esses jovens com o uso de tecnologias e modernos métodos de ensino. Perto de 88 mil jovens estão se qualificando nas instituições.

– Um quarto dos alunos dos nossos cursos técnicos se formam e abrem o próprio negócio. Nosso modelo atende as expectativas dos jovens, do mercado e da indústria – diz ele.