O ritmo de criação de empregos formais em Santa Catarina este ano segue maior do que em 2023 e que a média nacional. De janeiro a maio, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, SC teve saldo positivo de 84.481 novas vagas, 35,5% mais do que todo o ano de 2023, que somou 62.344 novas vagas. No mês passado, maio, a economia catarinense teve saldo positivo de 4.274 postos de trabalho.
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No período de janeiro a maio, o Estado ficou em quarto lugar no ranking dos maiores geradores de novos empregos no Brasil, atrás de São Paulo (328,7 mil), Minas Gerais (133,4 mil) e Paraná (96,0 mil). Nesse período, o Brasil criou 1,08 milhão de novas vagas e, em maio, 131.811, 15% a menos. Esse recuo foi devido a tragédia da enchente no RS, que fechou -22.180 vagas no estado vizinho de SC.
Em Santa Catarina, no mês de maio, segundo o Caged, o setor de serviços liderou com a criação de 3.050 novas vagas. Em segundo lugar ficou a indústria com saldo positivo de 1.487 vagas, o comércio teve mais 618 e a construção civil, mais 387. O único setor com recuo foi o da agropecuária, com -1.268 desligamentos.
Os municípios catarinenses que mais abriram vagas foram Itajaí (768), Joinville (663), São José (490), Chapecó (461), Criciúma (360), Blumenau (236) e Florianópolis (193). Os que mais fecharam foram São Joaquim (-894) e Balneário Camboriú (-190). As reduções de postos de trabalho em maio em SC na agropecuária estiveram ligadas ao fim da colheita de safras, em especial da maçã. No litoral, houve redução das atividades de hotéis e restaurantes.
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De acordo com análise do Centro de Inteligência e Estratégia (CIE) da Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc), a liderança na criação de empregos em maio, no Estado, se destacou em serviços, puxados pela atividade portuária. A exportação industrial também teve desempenho positivo.
– A contratação de mão de obra no transporte rodoviário de cargas e de atividades de armazenagem nos portos catarinenses vêm sendo fomentadas pelo crescimento das exportações – destacou o presidente da Facisc, Elson Otto.
Segundo ele, produtos intensivos em tecnologia e móveis, que estimularam a produção na indústria do Norte, Grande Florianópolis e Oeste do Estado, além de atividades ligadas ao escoamento da produção catarinense foram as principais alavancas na geração de empregos no último mês.
Um fato novo em Itajaí, que já puxa criação de empregos, é a retomada da movimentação de contêineres no porto, desde que a Seara, empresa do grupo JBS, assumiu as operações do Porto de Itajaí e vai receber o primeiro navio na próxima semana.
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