Com negócios envolvendo grandes empresas de diversos setores, as fusões em aquisições – M&A na sigla em inglês – foram recordes em Santa Catarina em 2021. O total de valores transacionados chegou a R$ 25 bilhões, 6,6 vezes mais do que os cerca de R$ 3,3 bilhões de 2020, segundo dados da Transactional Track Record (TTR). O número de negócios passou de 46 no Estado em 2020 para 98 no ano passado, o que significa um acréscimo de 113%, apurou a empresa KPMG.

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O montante de recursos envolvidos – dinheiro, troca de ações e outros ativos – ocorreu porque o Estado registrou negócios com grandes empresas. O maior valor foi da Cia. Hering, vendida para o Grupo Soma por R$ 5,1 bilhões. A RD Station, do setor de tecnologia, foi adquirida pela Totvs por R$ 2 bilhões. Quase pelo mesmo preço, a Neoway, outra empresa de TI, foi adquirida pela B3, a bolsa brasileira, por R$ 1,8 bilhão.

Além disso, grandes grupos catarinenses do agronegócio, metalmecânica e outros fizeram aquisições e mais uma série de empresas médias e pequenas, em especial do setor de tecnologia, passaram pelo processo de M&A. Segundo João Caetano Magalhães, diretor da Redirection International, empresa especializada em fusões e aquisições, SC respondeu por 36% do total de negócios da Região Sul e ficou só atrás do Paraná.

Ainda segundo dados da KPMG, os três estados do Sul somaram 297 operações em 2021, um aumento de 95% frente a 2020. Assim, a região aumentou de 11,6% para 15,4% a participação nacional nesse tipo de negócio.

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– Este aumento reflete o bom desempenho relativo da economia do Sul, o que atrai investimentos de empresas nacionais e estrangeiras, mas há também o movimento de empresas do Sul fazendo aquisições para consolidar e expandir suas posições regionais – explicou João Caetano.