Durante cerca de 10 anos, Santa Catarina ficou no topo do emprego no Brasil, ou seja, estampou a menor taxa de desemprego do país. Mas a pesquisa Pnad Contínua Trimestral divulgada nesta terça-feira pelo IBGE mostra que o Estado perdeu mais uma posição no segundo trimestre deste ano e ficou em terceiro lugar nesse ranking com taxa de desemprego de 3,5%. Foi superado por Rondônia, que apresentou 2,4% e Mato Grosso, por 3%. Em outro indicador, de formalidade, SC segue na liderança.
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Mas, nesse segundo trimestre, SC reduziu a taxa de desemprego em 0,3 ponto percentual. No primeiro trimestre estava em 3,8%. Em março, tinha 155 mil pessoas procurando emprego, 12 mil a mais do que em junho.
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O Brasil, nesse período de abril a junho, registrou taxa de desocupação de 8%, com redução de 0,8 ponto percentual frente ao primeiro trimestre deste ano e de 1,3 ponto percentual na comparação com o mesmo trimestre de 2022, quando ficou em 9,3%.
Rondônia já havia superado SC na taxa no ano passado. Agora, o Mato Grosso, que vinha melhorando o desempenho na criação de vagas, também ultrapassou. Esses dois estados registram forte impulso econômico gerado pelo agronegócio exportador e, também, por estratégias econômicas, como investimentos e formação técnica, para elevar a empregabilidade.
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Esse avanço de dois estados fortes no agro não significa que a economia catarinense está numa situação mais difícil. O Estado tem uma das maiores economias do Brasil, a sexta maior, e vem sofrendo impactos das dificuldades econômicas do Brasil e exterior.
No exterior, as exportações de produtos de madeira e máquinas e equipamentos estão caindo devido às medidas de países ricos para conter a inflação. E no Brasil, acontece o mesmo, o país está com juros altos para conter a inflação, o que derruba o consumo de produtos industrializados de maior valor, também fabricados em SC.
Vale destacar que os três estados, tecnicamente, vivem o pleno emprego, o que significa que as empresas têm dificuldades para encontrar trabalhadores para preencher os postos de trabalho que abrem.
Líder em carteira assinada
A Pnad do IBGE mostra que Santa Catarina segue no topo dos estados com maior formalização do mercado de trabalho, ou seja, mais pessoas com carteira assinada. Do total de trabalhadores no Estado, 26,6% trabalhavam sem carteira assinada em junho deste ano. Em segundo lugar ficou o Distrito Federal com 31,2% e em terceiro São Paulo, com 31,6%. As maiores taxas foram no Pará, 58,7%, Maranhão, 57% e Amazonas, 56,8%.
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