Com o objetivo de pesquisar alternativas para o uso sustentável do carvão mineral, a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de SC (Fapesc), em parceria com o Fundo de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cefem), lançou edital de R$ 1,8 milhão. O plano é contratar três pesquisas que receberão R$ 600 mil cada.
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A crise hídrica do Brasil mostra a importância de ter usinas que possam gerar energia quando acionadas, como é o caso de térmicas a carvão mineral. Mas como esse tipo de geração ainda é uma das que mais geram emissões de CO2, o mundo todo pesquisa soluções para que o setor possa operar sem poluir. Outra motivação é a venda do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda pela Engie Brasil Energia, o que indica que a atividade terá continuidade no Estado.
O presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, explica que a intenção é gerar pesquisa aplicada e plantas piloto visando alternativas inovadoras para o setor na Região Sul, em especial para Santa Catarina.
Interessados em participar devem ficar atentos porque o prazo vai somente até o dia 20 deste mês. A Fapesc publicou o edital 35/2021 no site e na plataforma e na plataforma dela. Do valor para cada projeto, 80% serão para a pesquisa diretamente e 20% para a contratação de estagiários em vulnerabilidade social, que receberão bolsas de R$ 450 (ensino técnico) e de R$ 800, para ensino de graduação.
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O presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan, observa que a criação da lei estadual 14.127, no ano de 2007, e o decreto 1.493 de 2008 foram importantes porque permitiram a criação de fundo para o setor constituído pela cobrança de royalties para aplicação em pesquisa. Esse fundo possibilitou a instalação do Centro de Inteligência de Pesquisa e Desenvolvimento da Indústria do Carvão em Criciúma. Agora, está possibilitando mais essas pesquisas.