Empregadores catarinenses abriram em março 11.855 novos postos de trabalho formais e, no acumulado do ano, somaram 48.471, o terceiro maior saldo do Brasil, atrás de São Paulo, que abriu 136,604 mil e Minas Gerais, 64.187. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
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Santa Catarina realizou em março 147.396 admissões e 135.511 desligamentos. Os serviços lideraram a criação de vagas com saldo de 5.740 novas contratações. Em segundo lugar ficou a indústria com 2.806 novas vagas. A construção civil empregou 2.346 novos trabalhadores e o comércio somou 1.940 a mais. A agropecuária foi a única com saldo negativo, de -947 vagas em março.
No Brasil, foram abertos em março 195.171 novos empregos, enquanto no mês anterior, fevereiro foram 245.813 e em janeiro, 85.189. Esses números mostram a perda de ritmo da criação de vagas no país.
Também chama a atenção o fato de a maioria das vagas serem para até dois salários mínimos. Do total de contratações em março no país, 148.222, isto é 75,9% foram com remuneração entre um e 1,5 salário mínimo. Dos 195.171 trabalhadores contratados, o Caged informa que 160.310 estudaram até o ensino médio completo, isto é, 82,1% do total.
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Saldo de vagas em cidades de SC
De acordo com o Caged, no mês de março, os municípios catarinenses que mais criaram novas vagas foram Itajaí (1.193), Jaguaruna (1.075), Joinville (880), Chapecó (771), Criciúma (619), Tubarão (538), Guatambu (481), Lages (429), Blumenau (379), Navegantes (366) e Palhoça (354). A capital do Estado, Florianópolis, teve saldo positivo de 22 vagas.
Os que mais fecharam postos de trabalho foram Fraiburgo (-777), São José (-602), Bombinhas (-258), Balneário Camboriú (-211) e Garopaba (-133).
Essa retração de empregos está ligada diretamente à sazonalidade. Fraiburgo liderou porque encerrou a colheita da maçã e as cidades litorâneas fizeram ajustes em função do fim da temporada de verão.
Mas a economia de SC acompanha a brasileira no menor ritmo de geração de vagas. Isso resulta do cenário econômico de juros altos, queda das atividades econômicas de um modo geral para conter a inflação e cenário de dificuldades nos principais mercados externos, também para conter a inflação nos respectivos países.
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