Para a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), o setor de defesa é um dos impulsionadores da inovação em produtos e serviços. Por isso a entidade vai realizar a segunda edição da SC Expo Defense, que este ano será nos dias 19 e 20 de maio, na Base Aérea de Florianópolis. A mostra é organizada pelo Comitê da Indústria de Defesa da entidade, o Condefesa, e foi apresentada nesta quarta-feira para lideranças das forças armadas do país, em Brasília.

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O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, e o presidente do Condefesa, Carlos Augusto Olsen convidaram lideranças do Exército, Marinha e Aeronáutica para visitar o evento. Entre os que receberam os industriais catarinenses estão o brigadeiro do ar, Roberto da Cunha Follador, e o chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno.

De acordo com Aguiar, há anos a federação aproxima as indústrias com o setor de defesa visando gerar oportunidades para fornecimento de produtos ou insumos. Atualmente, SC conta com 14 empresas consideradas estratégicas de defesa, isto é, são certificadas para fornecer às forças armadas. Além da exposição, o evento contará com palestras sobre o tema.

Para o diretor de Inovação e Competitividade da Fiesc, José Eduardo Fiates, empresas que investem em tecnologias e novos produtos podem ser beneficiadas ao fornecer ao setor de defesa. E as oportunidades são diversas, envolvendo também produtos tradicionais.

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– Muitos associam de forma equivocada as Forças apenas à guerra – ao ataque. Mas há uma atuação essencial também na defesa do território, das águas, no monitoramento de florestas, entre outras atividades – explica Fiates.

José Eduardo Fiates, diretor de Inovação da Fiesc
José Eduardo Fiates, diretor de Inovação da Fiesc (Foto: Fiesc, Divulgação)

Segundo ele, as Forças Armadas necessitam de volume e variedade de produtos, entre os quais itens de elevada tecnologia e, também, produtos convencionais como alimentos e vestuário. O executivo vê o setor como um vetor de desenvolvimento tecnológico.

Conforme Fiates, embora diversas soluções sejam desenvolvidas para defesa, elas podem beneficiar toda a sociedade. Entre os exemplos ele cita a tecnologia do radar de alta precisão que foi criada para a aeronáutica, mas pode ser usada para o combate ao tráfico de drogas e monitoramento de queimadas.