Com expansão de investimentos em diversos setores, Santa Catarina alcançou no primeiro trimestre deste ano 11% do total de recursos emprestados pelo BNDES no Brasil. Os contratos somaram R$ 2,8 bilhões ao Estado, cifra que representou 17% mais do que nos mesmos meses de 2023 e 167,5% mais na comparação com o primeiro trimestre de 2022.

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A informação foi destacada pelo superintendente de Desenvolvimento Produtivo e Inovação do BNDES, João Pieroni, em palestra na reunião da diretoria da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), nesta sexta-feira. Ele falou sobre o programa Nova Indústria Brasil (NIB), que prevê investimentos de R$ 300 bilhões pela indústria brasileira de 2023 a 2026 e também sobre o Plano Mais Produção.

Segundo ele, a instituição empresta para diversos setores econômicos e tem dado atenção maior às pequenas e microempresas. Essas são atendidas principalmente por bancos regionais e cooperativas, que repassam os recursos do BNDES.

– Para o micro, pequeno e médio empresário, a gente tem tentado dar ferramentas para ele ver qual linha precisa acessar, conversar com o gerente do banco dele. Então, existe na internet o canal MPME do BNDS que ali ele consegue simular os investimentos e até enviar propostas para os bancos sobre o projeto – explica João Pierroni.

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Superintendente do BNDES diz que 52% dos recursos emprestados pela instituição foram para pequenas no primeiro trimestre (Foto: Filipe Scotti, Fiesc)

E financiamentos de maior valor, acima de R$ 20 milhões, R$ 40 milhões ou mais, feitos por empresas maiores, é possível fazer toda a operação via site do BNDES.

Para apoiar as exportações de uma melhor forma, a instituição sugeriu a criação de um exim bank. O projeto já foi encaminhado pelo governo para o Congresso Nacional.

– O BNDES já atua como se fosse um exim, mas a gente não tem uma subsidiária dentro do BNDES dedicada à exportação como acontece em outros países do mundo. Então, esse projeto de lei que está no Congresso ainda não foi apreciado em nenhuma das casas, mas ele autoriza o banco a criar uma subsidiária voltada para exportação.

Dos R$ 300 bilhões para a Nova Indústria Brasil, uma parte já foi emprestada, mas ainda restam muitos recursos com juros menores ou até algo não reembolsável para pesquisa e desenvolvimento. A ênfase é para a nova indústria com mais inovação, descarbonização e abrangência internacional.

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Para informar melhor indústrias catarinenses sobre todas as alternativas, a Fiesc fará uma reunião dia 22 de agosto, véspera da próxima reunião da diretoria. A sugestão foi do Diretor de Inovação da entidade, José Eduardo Fiates.  

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