Referência nacional e internacional por ter cinco portos, Santa Catarina vai ganhar mais um desses empreendimentos. O novo porto, denominado IEP, iniciais da empresa Imbituba Empreendimentos & Participações, será ao lado do Porto de Imbituba, na mesma baía. O projeto orçado em R$ 600 milhões esta’ licenciado e pode ter início em 2024.
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O empresário Roberto Villa Real, que está à frente do empreendimento, informa que o primeiro terminal, em cais de 440 metros, será para movimentação de cargas a granel. Numa segunda etapa também poderá operar com contêineres, carga geral e outras. Quando iniciar operações, serão gerados 400 empregos entre diretos e indiretos.
A área pertencente à IEP tem 275 mil metros quadrados, sendo 1.500 metros de cais, o que poderá comportar, no futuro, mais dois terminais. O primeiro cais poderá receber dois navios ao mesmo tempo.
Segundo Roberto Villa Real, a empresa já conta com autorização da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) desde 2007, que foi renovada em 2017 com prazo indeterminado para a instalação do projeto. Tem também a licença ambiental de instalação (IMA), e a licença de instalação está em fase de renovação junto à instituição.
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O principal entrave, pelo qual ainda não é possível definir quando será iniciada a obra, é a ocupação ilegal de parte do terreno por cerca de 200 moradias. A empresa busca na Justiça a reintegração de posse.
Outra área do terreno está ocupada por rancho de pescadores com contrato de comodato, mas essa questão já foi solucionada com a designação de outra área para essas unidades, com novo contrato. Quando a área do futuro porto estiver desocupada, poderão ser iniciadas as obras de construção, que deverão durar cerca de dois a três anos.
Roberto Villa Real, que reside em Florianópolis e São Paulo, adquiriu em 2005 os negócios portuários do Grupo Henrique Lage, que teve a concessão do Porto de Imbituba desde o início das operações, em 1922 até 2012, por 90 anos.
Durante a concessão, a IEP encaminhou o leilão para conceder o terminal de contêineres à iniciativa privada, que teve como vencedora a empresa Santos Brasil. Isso significa que as operações dessa empresa seguirão ao lado das do novo porto totalmente privado.
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Questionado sobre como vê a concorrência diante de tantos portos em Santa Catarina, Roberto Villa Real observa que o foco serão cargas do sul e granel.
– Exceto o Porto de Imbituba, que é nosso vizinho, todos os demais estão acima de Florianópolis. Quer dizer que a gente vai buscar cargas de grãos muito mais do Rio Grande do Sul e da região sul do Estado. E se você observar, hoje no próprio porto público (de Imbituba), a maior movimentação é de grãos. E quando a gente fala em grãos, falamos também em importações de fertilizantes – explica o empresário.
Ele chama a atenção também para o fato de, atualmente, navios terem que esperar até 8 dias para atracar no Porto de Imbituba. Isso eleva custo porque navio parado tem custo diário, observa ele. Segundo o empresário, olhando para o futuro, quando iniciar operação com contêineres, o novo porto poderá movimentar cargas refrigeradas de proteína animal, da produção no Sul do Estado.
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