O calendário para plantio da soja em Santa Catarina foi prorrogado em 20 dias pela Secretaria de Estado da Agricultura em função das chuvas do último trimestre do ano. Esse problemas climáticos atrasaram a semeadura ou exigiram replantio de culturas que precedem a segunda safra da soja.

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A secretaria, por meio da Cidasc, empresa responsável pela sanidade vegetal e animal no Estado, publicou a resolução número 04 de 20 de dezembro de 2023, que prorrogou o prazo para o término do plantio. Essa mudança foi com base na portaria número 886, de 12 de setembro, do Ministério da Agricultura.

Cada região do Estado tem um prazo específico para finalizar o plantio, o que é destacado também em mapa nesta página.

Mapa mostra as regiões do Estado com os respectivos prazos para plantio de soja em 2024

A Região I, no Sul do Estado, tem prazo até 01 de março de 2024; a Região II, que inclui do Planalto Norte ao Alto Vale do Itajaí pode plantar até 19 de fevereiro de 2024; a Região III, do Oeste, também tem prazo até 19 de fevereiro de 2024; e a Região IV, que inclui as outras áreas do Estado, pode plantar até 30 de janeiro de 2024.

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A partir de 1º de janeiro de 2024 os agricultores que plantarem soja no Estado terão que fazer cadastro junto à Cidasc usando formulário disponível no endereço www.cidasc.sc.gov.br/defesasanitariavegetal/culturas. O cadastro dos plantios de soja deve ser realizado por propriedade, em até 10 dias consecutivos após o término do plantio, informa a secretaria.

Essa medida foi necessária porque os produtores agrícolas, por questões sanitárias, precisam respeitar prazos para plantio. Não podem plantar determinadas culturas em qualquer época do ano.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto, esse calendário regionalizado visa atender o setor produtivo sem comprometer o controle sanitário. Segundo ele, essa ampliação do calendário foi um trabalho a partir de sugestões de entidades do setor.

Essa também é uma preocupação do governador Jorginho Mello, que tem ouvido relatos de produtores rurais que  plantaram mais de uma vez e acabaram perdendo sementes e fertilizantes em função das chuvas. Por isso, as estimativas são de que a agropecuária de SC somará perdas superiores a R$ 5 bilhões com esses problemas de clima. Um prazo maior para plantio vai ajudar.

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O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc), José Zeferino Pedrozo, destacou o empenho do secretário Valdir Colatto e sua equipe para resolver esse desafio de clima para a semeadura da soja em Santa Catarina. Segundo ele, a decisão está fundamentada na excepcionalidade climática dos últimos meses deste ano, com muitas dificuldades para o plantio.

Além da Faesc, a Organização das Cooperativas do Estado (Ocesc) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetaesc) também sugeriram à Secretaria de Agricultura flexibilizar o calendário da soja.

De acordo com o gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc, Alexandre Mees, essa autorização excepcional para ampliar o prazo para plantio de soja foi tratada ainda em setembro, antes dessas últimas chuvas. A atenção do Ministério da Agricultura para a limitação de prazo é em função do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja – Phakopsorapachyrhizi (PNCFS) no âmbito do Ministério da Agricultura e Pecuária.

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