Estado que registra as temperaturas mais frias do Brasil e em mais tempo durante o ano, Santa Catarina vê potencial para aquecer ainda mais o turismo de inverno. Por isso, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo, lançou nesta terça-feira (30) a Estação Inverno Santa Catarina, que vai de 1º de junho a 30 de setembro. O objetivo é incentivar viagens em todo o Estado, com destaque para a Serra Catarinense. 

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O novo programa visa desenvolver uma nova estação turística do Estado, além da temporada de verão, que é forte e tradicional. O objetivo é envolver todo o Estado, mas foi eleito um grupo de municípios indutores, que já têm o turismo consolidado, que são Urubici, Lages, Bom Jardim da Serra, São Joaquim e Urupema. 

– Em todo município de Santa Catarina tem belezas naturais, tem equipamentos. Quem já foi para a Serra, viu a qualidade das pousadas. Só não fica encantado quem não vai – disse o governador Jorginho Mello no lançamento do programa, destacando que o objetivo é fazer com que esse potencial se traduza em mais divisas para Santa Catarina. 

O plano é fortalecer um setor que já é reconhecido pelos catarinenses e também por visitantes de fora. Segundo pesquisa da Fecomércio-SC na temporada passada, o turismo na Serra movimentou mais de R$ 608 milhões. Dos visitantes, 62,6% eram catarinenses, 11,6% vieram de São Paulo e 8,8%, do Paraná. A comunicação da Estação Inverno visa atrair mais visitantes. 

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A secretaria também fez uma lista de eventos festivos e culturais que vão acontecer nos quatro meses da Estação, totalizando 143 iniciativas no Estado. Os maiores são a Festa Nacional do Pinhão em Lages, Festival de Dança de Joinville, Festa da Gastronomia Típica Italiana de Nova Veneza, Festa Nacional da Cachaça em Luíz Alves, Festa do Vinho de Urussanga e a ExpoConcórdia. Nesse grupo não estão eventos empresariais. 

Além dos municípios com turismo consolidado de frio, o plano envolve outras regiões também com fortes atividades turísticas.  Na Grande Florianópolis estão os municípios de Rancho Queimado, Alfredo Wagner e Águas Mornas; no Norte, Joinville, Campo Alegre e Jaraguá do Sul; no Vale do Itajaí, os destaques são Blumenau e Pomerode; no Sul estão Praia Grande, Nova Veneza, Urussanga e Gravatal; e no Oeste catarinense, os destaques são Treze Tílias, Fraiburgo, Piratuba e Itá. 

Para colaborar no desenvolvimento do setor, que responde por mais de 12% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, o plano envolve a maioria das secretarias. Na lista, além do Turismo estão: Comunicação, Infraestrutura, Saúde, Segurança Pública, Indústria, Comércio e Serviços, Assistência Social, Mulher e Família, Fundação Catarinense de Cultura e Fundação Catarinense de Esporte. Outras instituições e empresas também participam, entre as quais a Defesa Civil, a Polícia Militar, Celesc e Casan. 

– O primeiro desafio nosso é as pessoas conhecerem, serem provocadas, terem vontade de visitar Santa Catarina. E outro grande desafio é a infraestrutura. O turismo precisa do turista, ele precisa chegar e essa relação com a infraestrutura é muito importante, assim como a promoção também. Não adianta você ter um ótimo destino, com ótima infraestrutura, mas o turista não é provocado a chegar lá – afirmou o secretário de Turismo de SC, Evandro Neiva. 

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O tema infraestrutura ganhou atenção do governador também. Segundo ele, do total de R$ 1,5 bilhão que o governo está contratando de financiamento junto a bancos, R$ 1,2 bilhão vai para obras em rodovias, para melhorar a infraestrutura. Entre as ações do govenro para esse novo plano turístico está a criação de um grupo de trabalho para tomar decisões que façam o setor avançar.

Uma das lideranças presentes no evento, a deputada federal e secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, disse para a coluna que entre as prioridades da Serra está definir uma gestão com infraestrutura para a visitação do Parque Nacional de São Joaquim, que é uma área federal. Outro desafio, segundo ela, é concluir o asfaltamento da rodovia Caminhos da Neve, para ligar as serras de SC e Rio Grande do Sul. O trecho que necessita de mais obras, cerca de 40 quilômetros, é o do Rio Grande do Sul. 

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