Entre julho e setembro deste ano, Santa Catarina criou 33.659 novos postos de trabalho formais, 61% mais em relação ao mesmo trimestre do ano passado, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Com esse resultado, o estado ficou em terceiro lugar em crescimento no total de vagas no país, atrás apenas do Rio Grande do Sul, que gerou 2.180% mais em função da tragédia da enchente, e praticamente empatou com a Bahia, que teve alta de 61,1%.

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É isso que aponta análise do Centro de Inteligência e Estratégia (CIE) da Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc), confirmando o dinamismo da economia catarinense refletido no mercado de trabalho. Segundo o estudo da entidade, o resultado total foi puxado mais pelos setores de serviços e comércio, que empregaram 30% mais. Mas a indústria teve uma alta relevante, de 718%.

Os serviços profissionais, administrativos e complementares, que abrangem uma série de setores empresariais, criaram 7,6 mil vagas, 132% a mais frente ao mesmo trimestre do ano anterior. O destaque foi a alocação e o agenciamento de trabalhadores. O apoio a escritórios também teve expansão significativa.

Ainda no grupo de serviços, SC registrou 330% no crescimento do número de vagas na área de serviços de informação e comunicação, setor que inclui tecnologia como desenvolvimento de sistemas sob encomenda e consultoria em tecnologia da informação. Foram 929 vagas nessa área.

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Ainda segundo o estudo da Facisc, a indústria ajudou a puxar o resultado positivo com aumento de 718% no total de vagas. Criou 9,1 mil novos empregos no período. Um dos destaques foi o setor de plástico, que criou 700 vagas a mais, principalmente na produção de embalagens.

Outro setor da indústria que foi bem foi o de equipamentos elétricos, com a criação de 837 novos empregos, puxado pela maior produção de eletrodomésticos. Em julho, quem contratou mais foi o segmento da linha branca – refrigeradores, fogões e lavadoras- e em setembro, cresceu a produção de liquidificadores.

O presidente da Facisc, Elson Otto, avalia que esse bom desempenho de SC na criação do emprego foi impulsionada pela maior média do consumo das famílias brasileiras, que seguiu em alta no terceiro trimestre.

-Um maior poder de compra impulsiona tanto a produção industrial, como os serviços e as vendas no comércio, o que estimula ainda mais a geração de empregos e faz com que tenhamos um ciclo virtuoso – destaca o presidente da Facisc, Elson Otto.  

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No mês de setembro de 2024, o último resultado divulgado do Caged, SC criou 13.074 vagas. Dessas, 6.317 foram nos serviços, 3.110 na indústria, 2.910 no comércio, 627 na agropecuária e 110 na construção civil.

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