Santa Catarina fechou o primeiro semestre do ano com crescimento de 2,2% da economia frente ao mesmo período do ano anterior, segundo o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR-SC) calculado pelo Banco Central, também considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). A variação ficou abaixo da nacional, que cresceu 3,4% no período. No mês de junho frente a maio, SC teve uma queda de -0,4% enquanto o Brasil cresceu 0,6%.

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Os setores econômicos que mais colaboraram para o resultado positivo do Estado foram os serviços, que segundo o IBGE cresceram 11%.  O comércio ampliado, que cresceu no semestre 4,1% e a agricultura, que registrou no Estado crescimento de 18,4% no volume de grãos na safra de 2023 frente a de 2022, também segundo o IBGE.

O Observatório Fiesc, da Federação das Indústrias de Santa Catarina, que acompanha esse indicador, destaca que o crescimento da economia do Estado foi puxado principalmente pela força do consumo das famílias no primeiro semestre.

Isso ficou claro na alta semestral do consumo de serviços de 10,6% para as famílias, que inclui hotéis, restaurantes, cuidados pessoais e lazer. Os serviços de transportes, que tiveram alta devido à colheita e transporte da safra, cresceram 11,4% no período.

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O comércio foi puxado pelo crescimento, no semestre, das vendas de veículos e peças (3,1%), combustíveis e lubrificantes (20%), equipamentos e materiais de escritório (20,9%), supermercados e hipermercados (1,9%) e artigos farmacêuticos (4,9%).

A produção industrial teve queda de -3,8% no período. Os principais destaques positivos no período foram os produtos de borracha e plástico, que cresceram 5,7%, máquinas e equipamentos, 2,7% e máquinas, aparelhos e materiais elétricos, 0,7%.

De acordo com o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, o crescimento no setor de plástico e borracha foi ligado à maior força do consumo das famílias enquanto que o de máquinas resultou de mais exportações para a América do Sul.

O desempenho da indústria de SC não foi positivo porque seguiu sofrendo os impactos dos juros altos, destacou a economista do Observatório Fiesc, Mariana Guedes. Segundo ela, os juros limitam as vendas à prazo, o que tem afetado a venda de bens duráveis, que impactam em diversos setores da economia de SC.

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Para o segundo semestre, a expectativa é de um desempenho da atividade econômica mais fraco do que o primeiro, porque não contará com o forte impulso da safra agrícola, que teve um dos melhores desempenhos dos últimos anos porque o clima foi favorável. Além disso, os efeitos negativos dos juros altos vão continuar.

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