Uma das regras importantes da engenharia para a construção civil é a segurança. Isso vai desde os arranha-céus até casas de um pavimento. Entre os insumos fornecidos com atenção à segurança está o gás natural, por ser mais leve que o ar e sair pelas aberturas dos ambientes. O mesmo não ocorre com o gás liquefeito de petróleo (GLP) que fica dentro dos imóveis por ser mais pesado que o ar.  

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Esse é um dos principais argumentos da área técnica da SCGÁS, a concessionária de gás natural de Santa Catarina, quando oferece o insumo ao mercado da construção civil. O gás natural é o utilizado nos arranha-céus de Balneário Camboriú, por exemplo. Internamente, é usado em fogões, churrasqueiras, aquecedores e chuveiros. Na maioria das vezes, o aquecimento de água é central.

Carlos Caram, engenheiro da SCGÁS e Gustavo Caldas dos Santos, gerente de mercado urbano da companhia (Foto: Estela Benetti)

– Como o gás natural é mais leve que o ar, ele sobe para a atmosfera. Ele sempre escapa, diferente de outros gases… As redes de abastecimento são feitas para mitigar a possibilidade de vazamentos. Mas se ocorrer algum tipo de acidente, algum escapamento de gás natural, ele sobe para a atmosfera, por isso é mais seguro que outros gases – explica Gustavo Caldas dos Santos, gerente comercial de mercado urbano da SCGÁS.  

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É principalmente em função dessa segurança proporcionada pelo gás natural que o insumo é cada vez procurado pela construção civil onde já existe a oferta canalizada do insumo. Mas Gustavo Caldas dos Santos faz outro alerta: os moradores não podem fechar aquelas aberturas feitas nas obras, principalmente em cozinhas e áreas de serviços, para manter a circulação de ar. Assim, gás o gás tem espaço para sair.

Outro diferencial que motiva o uso do gás natural é o fato de ele ser canalizado, o que significa fornecimento contínuo, a exemplo da água. Entre as vantagens está não ter que ficar recebendo sempre caminhões com o insumo e não necessitar de uma área específica para depósito de gás.

De acordo com o engenheiro da SCGÁS, Carlos Caram, a oferta contínua do gás natural e a possiblidade de usar o espaço de depósito de gás para outros fins está fazendo muitos edifícios migrarem do GLP para o gás natural. O espaço usado para os botijões de GLP acaba sendo transformado em área maior de recepção, jardim interno ou até garagem.  

Conforme Carlos Caram, faz parte dos procedimentos de segurança da oferta de gás natural uma série de testes para verificar a vedação das redes. Depois, os edifícios precisam fazer testes periódicos, de seis em seis meses.

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Para as regiões mais frias, outra característica favorável ao gás natural é que ele não congela. Isso significa que está sempre disponível para abastecer residências, cozinhas industriais ou empresas.

O gás natural começou a ser distribuído em SC em março de 2000, com a primeira instalação para a empresa têxtil Döhler, de Joinville. Em 2004 começou o fornecimento para os setores residencial e comercial. Além de ser um dos insumos menos poluentes, o fornecimento contínuo evita tráfego de caminhões nas cidades, o que também evita engarrafamentos e é mais ecológico.

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