Negociação firmada pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, com o governo da Rússia para ampliação de negócios entre os dois países, resultou na reabilitação de nove plantas frigoríficas brasileiras de carne suína para exportação, das quais quatro são catarinenses. Estão autorizadas a retomar vendas ao mercado russo as unidades da BRF em Campos Novos, da Pamplona em Presidente Getúlio, e as da Seara nos municípios de Seara e Itapiranga.
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Além disso, foram habilitadas também três plantas no Rio Grande do Sul, da BRF, JBS e Seara, mais unidades em Goiás e Mato Grosso da BRF. O governo russo anunciou a compra de cotas temporárias de 100 mil toneladas de carne suína e de 200 mil toneladas de carne bovina, tendo como contrapartida a compra de fertilizantes por parte do Brasil.
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Após interrupção total de importações de carne suína em 2017, alegando o uso de ractopamina, um melhorador de peso animal, a Rússia havia retomado compras no final de 2018, de quatro plantas do Rio Grande do Sul: da Aurora, Seara e duas da Alibem. Essa negociação é importante para o setor que enfrenta queda de vendas para a China e já teve na Rússia o maior mercado do produto anos atrás.
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O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, comemorou a decisão. Segundo ele, essa cota anunciada poderá resultar em vendas da ordem de US$ 200 milhões. Ele reconheceu que essa expansão de mercado resultou do esforço da ministra Tereza Cristina e informou que a Rússia está retomando, gradativamente, uma média de compras maiores do Brasil. Em 2020, foram vendidas para aquele mercado somente 100 toneladas de janeiro a outubro. Neste ano, já foram 3,8 mil toneladas, por US$ 20,3 milhões.
Para a vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da BRF, Grazielle Parenti, essa retomada de vendas à Rússia confirma a confiança na qualidade dos produtos da companhia. Segundo ela, deverão ser vendidos diversos cortes, entre os quais pernil, lombo, paleta e sobrepaleta.
A suspensão das compras em 2017 foi um baque para as exportações catarinenses porque naquele ano a Rússia era o maior mercado do Estado no exterior. Era destino de 30% das vendas de carne suína de SC lá fora. Esses fechamentos totais de mercado são comuns para o setor de carnes. Mas a decisão vem em boa hora porque a China está reduzindo as compras do produto de SC.
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