Os reajustes de aluguéis residenciais no país seguem acima da inflação, mas na região de Florianópolis as variações são ainda maiores. Segundo o índice FipeZap+, o reajuste médio dos aluguéis nas principais cidades do Brasil em outubro ficou em 0,87%, mas em Florianópolis subiu 1,5% e em São José, 3,65% enquanto em Joinville caiu -0,20%.
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O levantamento apurou que de janeiro a outubro, as maiores cidades brasileiras tiveram alta acumulada de aluguel residencial de 14,6% e nos últimos 12 meses, os reajustes médios ficaram em 16,3%. Em Florianópolis, a média deste ano foi reajuste de 29,08% e em 12 meses, 32,78%, praticamente cinco vezes a inflação do período.
Usado em parte dos contratos de aluguéis, o IPCA, índice de inflação oficial, subiu 0,59% em outubro, 4,7% no acumulado do ano e 6,47% em 12 meses. Em São José, a inflação do aluguel está ainda mais alta. No acumulado do ano, subiu 31,97% e em 12 meses, 39,82%.
Em Joinville, onde, não existem travas severas para construção, a oferta de imóveis é maior e os reajustes são menores. No mês de outubro, houve queda de -0,20% nos preços dos aluguéis na maior cidade catarinense, no acumulado do ano subiu 8,92% e em 12 meses, 14,05%.
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As principais causas dessas altas acima da média brasileira na região de Florianópolis são a menor oferta de imóveis novos na capital, nos últimos anos, devido a limitações do plano diretor, maior interesse de pessoas em residir na região pelas características da economia que é forte no setor de tecnologia e mais pessoas trabalhando em home office.
Além disso, os imóveis estão caros também devido à inflação dos últimos anos no setor e porque mais pessoas estão optando em deixar o dinheiro no mercado financeiro, com a taxa Selic em 13,75% ao ano, ao invés de adquirir imóveis para locação.
No cenário atual, o consumidor da região de Florianópolis não tem muitas alternativas. Ele paga mais caro, ou reside mais longe ou ainda opta por imóvel de padrão mais simples do que gostaria. Para quem já tem contrato, vale a pena negociar preço na hora do reajuste.
Isso porque a oferta de mais imóveis vai depender de mudanças do plano diretor, ainda não aprovadas. Depois, será preciso esperar o tempo do setor porque um edifício residencial demora de dois a três anos para ficar pronto, a partir do lançamento.
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