A Aduana de Dionísio Cerqueira, no Extremo-Oeste de Santa Catarina, não conta mais com o serviço de scanner de cargas a partir desta terça-feira (21). O contrato para o uso do equipamento vigorou até segunda (20) e foi encerrado pela Receita Federal. Segundo o delegado da alfândega local, o auditor fiscal Valter Solon Durigon, o objetivo é reduzir custos. Mais quatro aduanas do país também tiveram o serviço suspenso.

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O equipamento permite visualizar o conteúdo de cargas sem abri-las. Durigon informa que o custo mensal da manutenção fica em torno de R$ 100 mil. A falta do scanner, segundo ele, vai afetar principalmente a inspeção de cargas de carnes resfriadas e congeladas e de produtos de origem vegetal congelados. Para ter condições de seguir fiscalizando, a aduana local vai propor a instalação de uma câmara fria que permita abrir essas cargas quando elas caírem na fiscalização obrigatória.

Na aduana de Dionísio Cerqueira passam principalmente cargas de produtos agropecuários. São carnes, vegetais, cereais, hortifrutigranjeiros e bebidas. São cerca de 1,3 mil caminhões por mês e 30% são fiscalizados via scanner.

– A carne é principalmente bovina, vem do Sudeste ou Centro-Oeste e vai para o Chile ou Argentina. Se o desembaraço aduaneiro ficar difícil aqui, a tendência é que as empresas optem por outras rotas – afirma Durigon.

A redução de cargas, segundo ele, tem impacto negativo na economia porque causa retração na demanda por serviços de escritórios aduaneiros, hotelaria, gastronomia, consumo de combustíveis e outros.

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Além de Dionísio Cerqueira, também perderam os serviços de scanners as alfândegas de Chuí, Santana do Livramento e Porto Xavier no Rio Grande do Sul, a de Cáceres no Mato Grosso e a de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.