Tradicional parceiro comercial do Brasil e de Santa Catarina, o Reino Unido, integrado pela Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales, trabalha para ampliar ainda mais os negócios. Esse foi o objetivo da visita a Florianópolis do cônsul geral britânico em São Paulo e comissário de comércio de Sua Majestade para a América Latina e Caribe, Jonathan Knott.

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Ele esteve terça e quarta-feira (21 e 22) desta semana na cidade para fazer contatos com instituições, potenciais investidores e fazer  palestra sobre “Investimentos e incentivos verdes” em painel no evento ESG Summit Brazil.

Conforme Jonathan Knott, o Reino Unido quer fortalecer negócios com o Sul do Brasil, em especial com Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Por isso, além dessa visita, a equipe do consulado está buscando mais informações para ampliar contatos com empresas de SC e, também para informar a empresas britânicas sobre o momento atual dos negócios na região.  

Segundo ele, existem oportunidades em diversos setores, desde energia limpa, educação, idioma inglês, tecnologia, finanças, saúde e agronegócio. Na área de economia verde, ele destaca tecnologias para instalação de aerogeradores no mar e geração energética a partir de esgoto sanitário (processo que é realizado com geração de biogás).

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Na visita a Florianopolis, o cônsul geral Jonathan Knott esteve acompanhado pelo cônsul honorário britânico em Santa Catarina, Michael Delaney. A seguir, leia a entrevista de Knott para a coluna:

Qual é o objetivo do trabalho do consulado na área econômica?

– Nosso trabalho é incrementar, aumentar os fluxos comerciais entre o Reino Unido e os países da América Latina e Caribe. Temos uma equipe de 160 pessoas. Eu estou baseado em São Paulo e, agora, me interessa muito aumentar os fluxos comerciais com Santa Catarina e o Rio Grande do Sul também. Temos uma equipe importante em São Paulo. Estou vendo quais as possibilidades ao Sul para criar um novo ambiente comercial, empresarial. Queremos apresentar oportunidades de negócios a empresários catarinenses e britânicos para se criar novas parcerias.  

Quais são os setores de interesses do Reino Unido para fazer negócios com o Brasil e com o Sul do país especialmente?

– Geralmente, achamos que são os setores de agricultura, saúde, educação, infraestrutura e segurança e setor financeiro. São vários setores em que já vimos e acreditamos que existem possibilidades de parcerias entre empresas britânicas e brasileiras. Queremos conhecer melhor a situação no Estado, mostrar o que o Reino Unido oferece a empresas de Santa Catarina que até agora, talvez, não consideravam a possibilidades de trabalhar com empresários britânicos.

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Já temos investimentos britânicos em Santa Catarina. Uma das empresas é a ActivTrades, plataforma de investimentos na área financeira. Espero que tenhamos mais no futuro e, também, empresas de Santa Catarina no Reino Unido. É possível crescer e globalizar negócios através de unidades e Londres ou em outras cidades do Reino Unido. Nós podemos apoiar esses novos negócios.

Cônsul geral britânico no Brasil, Jonathan Knott, e o cônsul honorário em SC Michael Delaney

Que setores da economia britânica têm mais potencial para abrir negócios no Brasil e em Santa Catarina?

– São vários setores. Um deles é saúde. Mas tudo depende de interesses locais. Por isso o propósito da visita, agora, é identificar onde podemos encontrar as melhores possibilidades e apresentar opções a empresários de Santa Catarina. Acredito que temos duas barreiras. Uma é regulação. Temos que ver como fazer importações e exportações.

E um outro problema para mim ainda mais importante é conhecimento da oferta britânica aqui e da oferta brasileira no Reino Unido. Isso, para mim, é algo que temos que trabalhar. Talvez um empresário brasileiro, catarinense, pensa mais rapidamente numa empresa italiana ou estadunidense. Quero que também pense na possibilidade de trabalhar com uma empresa britânica. Esse é um dos objetivos da minha visita a Santa Catarina.

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Que negócios tendem as ser feitos na área de educação?

– Envolve empresas de ensino de inglês; ensino à distância e tecnologias para educação. Essa área de tecnologia para educação é bastante forte na Inglaterra. A Fiesc já fez alguns projetos nessa área. Mas, o principal na Inglaterra é o ensino de inglês. Talvez estejamos melhor preparados para esse serviço. Vimos na américa latina que a tecnologia ajuda muito na educação. Isso envolve o ensino de inglês ou de outras áreas. Queremos que empresas conheçam a oferta britânica na área de educação.

O senhor veio a Florianópolis também para fazer palestra sobre economia verde no ESG Summit Brazil. O que o Reino Unido prioriza nessa área?

– A economia verde é uma prioridade no Reino Unido. Temos muitas soluções em geração de energia renovável, eólica e demais tipos. Podemos oferecer tecnologias e também experiência comercial. Podemos fornecer tecnologia no segmento de turbinas eólicas marítimas. Nessa área de economia verde, também falamos sobre infraestrutura e tratamento de esgoto. Também temos tecnologia para geração de energia a partir de esgoto sanitário. Esse é um tema de interesse da COP30, que será em Belém, no Pará, em novembro de 2025. O Reino Unido tem muitas tecnologia na área de energia limpa e tudo o que fazemos poderíamos compartilhar por meio de parcerias empresas de Santa Catarina e do  Brasil.

Os catarinenses gostam muito de fazer turismo no Reino Unido. Os britânicos vêm menos ao Estado. Quem intercâmbios e negócios podem ser feitos nessa área?

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– Temos equipe que trabalha para atrair mais turistas brasileiros para o Reino Unido. Temos uma indústria turística importante, com infraestrutura ao turismo. Temos um pouco de tudo. Muitas atividades ligadas à economia criativa, que é bem desenvolvida. Muitas cidades da Inglaterra aproveitam algo local para transformar numa atração turística. Isso pode ser referência para Santa Catarina. A profissionalização é um ponto forte.

Como vocês estão trabalhando os negócios internacionais depois do Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia em janeiro de 2021)?

– Temos um nível de intercâmbio importante com a União Europeia. Ela segue sendo o principal parceiro do Reino Unido. Mas temos que diversificar para crescer. Por isso estamos fazendo esse trabalho na América Latina.

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