Em mais um evento para marcar os 200 anos de relações econômicas entre o Brasil e os Estados Unidos, realizado nesta segunda-feira, na Federação das Indústrias de SC (Fiesc), foram destacados setores econômicos de SC que podem ampliar negócios com o mercado americano. Com a presença da governadora em exercício Marilisa Boehm e outras autoridades, também foi inaugurado escritório da Câmara de Comércio Brasil e Estados Unidos (Amcham) em Florianópolis.

Continua depois da publicidade

Entre na comunidade exclusiva de colunistas do NSC Total

O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, que acabou de retornar de missão empresarial  aos Estados Unidos que incluiu visita em duas das melhores universidades do mundo, MIT e Harvard, afirmou que a nova câmara vai abrir mais portas para negócios, em especial ao setor de tecnologia de Florianópolis e região. Segundo ele, o mercado americano é o maior do mundo e, além do setor de tecnologia, alguns setores industriais podem ampliar exportações.

– Temos grande possibilidade de aumentar as relações comerciais com os Estados Unidos, tanto na compra de produtos americanos quanto na venda de produtos catarinenses. Acredito que poderemos ampliar as exportações de madeira e do setor alimentar, como as carnes suína e de aves. Também podemos ampliar as vendas de confecções. Temos exportações importantes de motores elétricos, motores a pistão, autopeças, revestimentos cerâmicos e outros, mas podemos diversificar mais e ampliar vendas – disse Aguiar.

O presidente da Amcham Brasil, Abrão Neto, também destacou que os negócios entre Santa Catarina e os EUA são crescentes, mas podem avançar mais. Este é o segundo escritório a Amcham em Santa Catarina. A entidade está presente em Joinville com escritório desde 2013 e a unidade vai continuar.

Continua depois da publicidade

– A Amcham ajuda a intensificar os laços comerciais com os Estados Unidos. Temos uma equipe de trabalho muito forte e uma expertise bastante sólida no tratamento de relações bilaterais – destacou Abrão Neto.

Para ter uma colaboração mais próxima com a Amcham, as empresas podem se associar. O CEO da entidade diz que o preço é acessível porque varia de acordo com o porte da empresa, número de empregados e receita. O Brasil conta com 3,5 mil empresas associadas à Amcham.

Para a presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Teresa Bustamante, o mercado americano oferece muitas oportunidades para empresas catarinenses, mas é preciso atenção pelas suas características.

– O mercado americano é muito procurado, é bastante competitivo, então você tem que investir muito na promoção comercial, na rodada de negócios. Quando uma empresa vai exportar, tem que lembrar que tem fabricante locais que são concorrentes. E, além disso, tem as importações muito diversificadas de outras origens. Então, quando uma empresa inicia exportações, precisa considerar tudo isso e ter visão de longo prazo, com fornecimento constante, sem reduzir quando o mercado interno cresce – observa Maitê Bustamante.

Continua depois da publicidade

Segundo ela, é crescente o número de empresas catarinenses médias e pequenas que estão iniciando exportações. Estudo do Ministério do Desenvolvimento (Mdic) apurou que de 2018 a 2023, mais de 900 empresas de SC iniciaram atividade no comércio exterior.

O evento desta segunda-feira na Fiesc também contou com palestras do economista e ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento Marcos Troyjo; da vice-presidente da Whirlpool Evelyn Veronese e outras.

Leia também

Quem é a engenheira que lidera construção de arranha-céus e o que diz sobre segurança

Casacor Florianópolis abre com inovações no antigo Hotel Maria do Mar

Grupo Pereira, dono do Fort Atacadista, anuncia investimento bilionário até 2027

Rede Bistek chega aos 45 anos e destaca nova loja modelo em Florianópolis

Cidade da Grande Florianópolis terá bairro planejado com condomínios fechados