Com o propósito de colocar em evidência diferenciais da gastronomia de origem alemã em Santa Catarina, o projeto “Saberes e Fazeres da Gastronomia Germânica – uma Abordagem Territorializada” tem a última etapa nesta terça e quarta-feira em São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis. A equipe técnica vai conhecer dois pratos tradicionais, o “Recheio Alemão”, feito com carne e a “Bolacha amanteigada com canela”.

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Pratos típicos de nove localidades em Joinville, Blumenau, Campo Alegre, Brusque e Jaraguá do Sul foram pesquisados nas rodadas anteriores. Município de 5.800 habitantes, São Pedro de Alcântara recebeu o primeiro grupo de imigrantes alemães em Santa Catarina, no ano de 1829.

Relatos históricos apontam que o Recheio Alemão, que é o recheio de aves assadas, como o marreco, foi criado para substituir a escassez de proteínas de aves de marrecos e frangos. Também conhecido como “Saco de Velho ou “Filz”, o recheio que será incluído no projeto será com receita do casal maria de Fátima Silveira e Daniel da Silveira. Ele é autor de um livro sobre a história desse típico prato.  

A receita da bolacha amanteigada de canela é da família Stähelin. O casal Raquel e Carlos Stähelin têm uma empresa há 17 anos que produz esse biscoito comercialmente. Ela conta que usa a receita ensinada pela irmã que aprendeu com a avó paterna. Destaca que segue o padrão original da família, incluindo tamanho e crocância.

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Esse resgate cultural da gastronomia alemã é um projeto realizado pela Agência Cultural AqueleTrio, com recursos do Programa de Incentivo à Cultura (PIC) do governo estadual, por meio da Fundação Catarinense de Cultura. Tem o incentivo das empresas Havan, Urbano Alimentos, Ciser, Celesc e apoio do Hotel Tannenhof.

A coordenadora técnica do projeto, Helga Tytlik avalia que essa pesquisa consistiu numa “extraordinária viagem sensorial” que prioriza o patrimônio imaterial. Mostra também como esse conhecimento gastronômico impacta a economia catarinense. O resultado do trabalho será divulgado em livro, documentário e site próprio.

– Chegar à reta final nos enriqueceu com muito conhecimento sobre a gastronomia de identidade germânica, entendendo seus desafios, seus sucessos e o notável amor pelas raízes, pela história, dos saberes e fazeres de gerações – afirma Helga Tytlik.

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