A SCGás, concessionária de distribuição de gás natural de Santa Catarina, encerrou a Chamada Pública 01/2022, de maio, que visava fornecimento de gás natural para sistema regional de distribuição no Planalto Norte. Segundo a companhia, foram apresentadas duas propostas, mas diante das alterações mercadológicas que afetaram o escopo da chamada, nenhuma foi selecionada.
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Rede estruturante para atender grandes papeleiras da região, o projeto da SCGás, orçado em R$ 12 milhões, foi anunciado em 2021 e o plano inicial era colocar em operação em 2023. Agora, é postergado porque as obras do Terminal de Gás Sul (TGS), que prevê fornecimento de gás natural liquefeito para Região Sul a partir da Baía da Babitonga, São Francisco do Sul, estão atrasadas.
O projeto do terminal, da empresa americana New Fortress Energy, tinha conclusão prevista para abril deste ano, mas está com obras atrasadas. O motivo principal seria a dificuldade em definir um supridor global em função das mudanças no mercado. Em função da guerra na Ucrânia, os fornecedores estão priorizando entregas para a Europa.
A rede no Planalto Norte, em Canoinhas, Três Barras e Mafra, visa levar o insumo para grandes papeleiras da região como WestRock, Mili e Canoinhas Papéis. Pelo projeto, o gás liquefeito ou gás comprimido será levado de caminhão para ser colocado numa rede regional, a exemplo do que já acontece em Lages, no Planalto Serrano.
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Esse atraso na instalação do sistema de gás natural prejudica as papeleiras e também causa apreensão na indústria de Santa Catarina. Isso porque, a expectativa era de contar com uma oferta maior de gás natural para novos projetos no Estado. A oferta atual está no limite.