Moderna, sustentável e competitiva mundialmente, a indústria madeireira catarinense pode ser ainda mais aprimorada. Por isso a Federação das Indústrias de SC (Fiesc) e o Sindicato da Indústria da Madeira de Caçador (Simca) lançaram o Tratado de Excelência da Indústria Madeireira (TEM). O objetivo é fortalecer o setor que responde por 48,3% dos empregos formais da indústria caçadorense e lidera as exportações do município também conhecido como “Capital industrial do Meio-Oeste catarinense”.
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O programa terá três pilares na primeira fase: elevação da escolaridade básica, qualificação profissional e fortalecimento da indústria madeireira. A iniciativa foi lançada quinta-feira à noite pela vice-presidência regional da Fiesc e outras entidades. Ao mesmo tempo, será desenvolvida a segunda fase da campanha de valorização do setor da madeira.
Caçador é reconhecido mundialmente por deter um dos melhores microclimas para o crescimento de pinus, madeira renovável usada para produzir móveis, celulose, papel e outros produtos. Por isso conta com uma indústria verticalizada, que vai desde o plantio das árvores até a exportação de itens decorativos e móveis nas principais metrópoles mundiais. A indústria da madeira e derivados responde por 26,7% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial de Santa Catarina e por 45,4% em Caçador.
O vice-presidente regional da Fiesc, Leonir Tesser, chamou a atenção para o fato de que o setor mudou, está caminhando para a indústria 4.0. Por isso, é preciso que os trabalhadores sejam mais preparados. Segundo ele, é preciso desmistificar de que a indústria da madeira é algo sem futuro. Isso porque os produtos feitos no município são valorizados tanto no mercado interno quanto no exterior. Em 2020, a indústria caçadorense do setor exportou US$ 278,56 milhões.
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O novo programa conta com o apoio de instituições e entidades do município, incluindo a prefeitura, Associação Empresarial de Caçador (Acic) e a universidade regional Uniarp. Entre os investimentos previstos estão um novo laboratório de madeira no Senai, orçado em quase R$ 3 milhões e revitalização do Trem Maria Fumaça.