Dificuldades causadas pela pandemia agravaram também vulnerabilidades de pessoas do meio rural. Segundo levantamento da Epagri, Santa Catarina tem mais de 17 mil famílias abaixo da linha da pobreza, que atuam na agropecuária. Por isso entidades do agronegócio do Estado, lideradas pela Federação da Agricultura (Faesc) e o Senar, iniciaram nesta sexta-feira doações de cestas básicas pelo programa Agro Fraterno.
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As entidades estão doando mais de 10 mil cestas básicas para parte dessas famílias catarinenses, com investimento superior a R$ 1 milhão. A compra foi por licitação. De acordo com o presidente da Faesc, Jose Zeferino Pedrozo, as primeiras famílias atendidas nesta sexta-feira foram dos municípios de Abelardo Luz e Entre Rios, no Oeste catarinense.
– Apesar de os centros urbanos terem mais pessoas com dificuldades nessa pandemia, o problema atinge também trabalhadores da agricultura. Muitos perderam o emprego e outros não conseguiram produzir o suficiente –explica Pedrozo.
As entidades escolheram 10 municípios e estão doando duas cestas básicas por família, para terem alimentos por dois meses. O kit de alimentos de 15 quilos é padrão, fornecido também nas cidades.
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O programa Agro Fraterno foi lançado no Brasil pela Confederação Nacional de Agricultura (CNA), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Instituto Pensar Agro. Nos estados, é liderado pelas federações de agricultura. Em SC, além da Faesc e do Senar, também colaboraram a Organização das Cooperativas de SC (Ocesc), a Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), Sindicato das Indústrias de Carnes (Sindicarne), Associação Catarinense de Avicultura (Acav) e Secretaria de Estado da Agricultura.