Agora transformado em lei, o Programa Acredita, do governo federal, prevê a liberação de R$ 30 bilhões em crédito para micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais. De acordo com o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, todo o sistema financeiro vai participar para facilitar o acesso ao crédito aos pequenos negócios porque pesquisa aponta que 88% desses empreendedores não têm acesso a financiamento bancário.
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Na sexta-feira, o governo federal fez uma apresentação nacional em São Paulo com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes de todo o setor financeiro nacional, incluindo bancos, cooperativas de crédito e instituições de microcrédito.
O Programa Acredita conta com outros subprogramas. Um deles e o Acredita Primeiro Passo, que visa oferecer crédito para microempreendedores cadastrados no CadÚnico. Outro é o Acredita no Seu Negócio, de crédito para para pequenas empresas, e incluindo o Desenrola, para negociação de dívidas em atraso.
Tem também o Acredita Crédito Imobiliário que prevê troca de ativos no mercado secundário do setor para crédito e o Acredita no Brasil Sustentável, para atrair investimentos internacionais para projetos sustentáveis ao setor, como o Eco Invest Brasil.
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Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, um grande obstáculo a oferta de crédito para pequenas empresas é a falta de aval. Esse é um dos focos do programa, por meio do fundo garantidor.
– O Programa Acredita é uma forma diferenciada de abrir portas aos pequenos negócios. O que cabe ao Sebrae é entrar com o fundo garantidor. Para se ter uma ideia, no ano passado, através do FAMPE, uma política de crédito que tinha no Sebrae, nós alcançamos R$ 1 bilhão em créditos. Agora, nós estamos oferecendo para a microeconomia brasileira 30 bilhões em créditos, 30 vezes mais – destaca Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional.
Segundo ele, as novas oportunidades de crédito federal incluem desde os pequenos negócios ligados a pessoas do CadÚnico até aos stores que investem na neoindustrialização do país. Nesse caso, ele se refere à nova política industrial do país já em execução pelo governo federal.
– O Brasil rompe claramente com aquela estrutura de concepção do trabalho assalariado e capital e vive um processo de pulverização econômica onde a criação do Super Simples no primeiro governo do presidente Lula e, depois, a lei do MEI em 2008 pulverizou o processo da relação econômica no nosso país. Trouxe aquilo que nós não tínhamos, o espírito empreendedor. Hoje, 60% do povo brasileiro deseja ser empreendedor. Hoje, 55% dos empregos formais no Brasil são originários das micro e pequenas empresas – destacou Décio Lima.
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Junto com mais crédito, a área econômica do governo federal incentiva pequenos negócios a pensar grande, inclusive com exportações. O presidente do Sebrae diz que esse trabalho é feito junto com a ApexBrasil. Ele observa que se as plataformas da Ásia podem vender para as mais distantes residências do Brasil, empresas brasileiras também devem buscar o mercado internacional.
Empresários interessados em acessar o crédito mais acessível dentro desses programas do Acredita podem procurar instituições bancárias, agências de microcrédito ou assessoria do Sebrae das suas cidades ou regiões. Segundo o presidente do Sebrae, parte das taxas de juros serão definidas com base na concorrência do mercado financeiro. Vale ao tomador de recursos procurar as melhores oportunidades.
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