Depois de um período difícil, especialmente em 2023, a produção industrial do Brasil chamou a atenção por crescer mais do que a média mundial no primeiro trimestre de 2024. E em Santa Catarina, o setor está acima da média brasileira desde o início do ano. Os dados mundiais são da Unido (United Nations Industrial Development Organization) e os de SC, do IBGE. Uma das razões da alta é a queda dos juros básicos, que resultou em crédito mais acessível.
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Levantamento feito pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) junto à Unido apurou que o Brasil, no primeiro trimestre, avançou 15 posição em ranking mundial de produção industrial que inclui 116 países. Alcançou a 45ª posição, após ficar na 60ª no quarto trimestre de 2023. No primeiro trimestre de 2023 estava em 68º lugar.
Isso porque, de janeiro a março de 2024, a produção industrial brasileira cresceu 1,7% frente ao primeiro trimestre de 2023 e avançou 1% em relação ao último trimestre do ano passado. A média mundial foi alta de 1,4% no primeiro trimestre frente ao mesmo de 2023 e de 0,1% ante o último do ano, segundo a Unido.
A produção em SC foi ainda melhor do que a brasileira, segundo o IBGE. De janeiro a maio, cresceu 6,4% em relação aos mesmos meses de 2023, enquanto a do Brasil avançou 2,5% no mesmo período. Considerando o trimestre, de janeiro a março, a produção de SC, segundo o IBGE, cresceu 3,5% e a do Brasil, 1,9%.
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Boa parte das razões dessa expansão maior é comum no Brasil e em SC. Uma delas foi a queda de juros promovida pelo Banco Central desde meados de 2023, o que reduziu os custos de crédito, tanto para pessoas físicas quanto para empresas.
Isso é reconhecido tanto pelo presidente da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, quanto pelo economista do IEDI, Rafael Cagnin.
Outra razão é o baixo desemprego. SC registra pleno emprego há anos enquanto o Brasil vem com uma das menores taxas de desemprego, que até tem pressionado salários no setor de serviços.
No Estado, as exportações seguem com nível elevado, tanto do agro quanto em boa parte dos setores industriais, o que aquece a produção industrial e o mercado de trabalho também. Os destaques lá fora em receita foram as vendas de equipamentos elétricos e madeiras para construções, mas o bom ritmo das vendas externas continua.
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Além disso, o Brasil conta com alto valor do Bolsa Família para os mais pobres, benefício que foi ampliado para mais famílias este ano pelo governo federal. Nesse cenário, a expectativa é de manutenção desse nível de atividade industrial e até de crescimento maior no Estado, caso as exportações melhorem.
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