A posse da primeira mulher na presidência da Associação Empresarial de Joinville (Acij), Maria Regina de Loyola Rodrigues Alves – a Margi -, na noite de segunda-feira, foi em sintonia com a força e os desafios da entidade que representa a maior economia e o município mais populoso do Estado. Diante de 800 lideranças e no ano de eleição, a nova líder prometeu dar continuidade às bandeiras da entidade e aproveitou para cobrar soluções a problemas crônicos, como a falta de recursos ao Hospital Municipal São José.

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Durante o evento, o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), e a vice-prefeita, Rejane Gambin, entregaram para a Acij a Medalha do Mérito Princesa Dona Francisca, principal honraria do município. Foi um reconhecimento ao trabalho voluntário e doações da entidade na pandemia, na gestão do presidente Marco Antonio Corsini, que teve como ponto alto a doação de 110 leitos hospitalares.

O senador José Henrique Carneiro de Loyola, pai da nova presidente e sócio benemérito da entidade, presidiu a sessão solene de posse, que pela primeira vez foi realizada no Joinville Square Garden, com espaço para público maior. Entre as lideranças empresariais presentes, o presidente da Federação das Indústrias (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, e o presidente da Federação das Associações Empresariais (Facisc), Sérgio Rodrigues Alves, marido da nova presidente da associação.

O evento também teve a participação de lideranças políticas como o como o prefeito de Joinville, Adriano Silva, a vice-prefeita Rejane Gambin, o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli (que representou o governador Carlos Moisés), o desembargador Ricardo Roesler (que representou o Tribunal de Justiça), os senadores Esperidião Amin e Jorginho Mello.

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Também participaram os deputados federais Darci de Matos, Ângela Amin e Coronel Armando, o deputado estadual Fernando Krelling e o presidente da Câmara de Vereadores de Joinville, Maurício Peixer.

Margi de Loyola Alves, em seu discurso, reforçou pleitos prioritários do setor produtivo para ser mais competitivo, como a necessidade das reformas tributária e administrativa. Cobrou também mais liberdade econômica, incentivos para empreender, corte de gastos públicos, mais investimentos em infraestrutura, meio ambiente, saúde, segurança pública, educação e inovação.

– Contamos desde já com o apoio de todas as autoridades e lideranças aqui reunidas para solucionar de uma vez por todas a questão de recursos para o Hospital São José – um hospital municipal, mas com vocação regional! A pandemia nos lembrou o quanto a saúde é fundamental para todos – sem ela, nada fazemos – afirmou a empresária chamando atenção para o fato de a prefeitura de Joinville ter que custear um hospital regional de alta complexidade, que é função do Estado.

Entre as bandeiras da Acij que seguirão fortes na nova gestão, segundo ela, estão o novo programa de formação técnica de trabalhadores em parceria com a Fiesc e a prefeitura, o Joinville Emprega Mais, e o apoio permanente ao Corpo de Bombeiros Voluntários do município, que em breve fará 130 anos.

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A primeira presidente da entidade que acaba de fazer 111 anos aproveitou para explicar as razões pela qual a família dela tem associativismo no DNA e participa da história da Acij desde sempre.

– O empreendedorismo e o associativismo estão no sangue da milha família há 5 gerações. Meu tataravô, Hermann August Lepper, fundou e foi o primeiro presidente da Acij, que também foi presidida por meu bisavô Henrique Douat, pelo meu tio-avô Arnaldo Moreira Douat, pelos meus primos Etienne e Oswaldo Douat, pelo meu pai Henrique de Loyola e por meu marido Sérgio, hoje presidente da Facisc – explicou a empresária.

Margi deLoyola Alves é presidente da Cia. Fabril Lepper, empresa também fundada há mais de 100 anos pelo tataravô dela. Nas últimas gestões da Acij ela foi vice-presidente e na mais recente, de Marco Antonio Corsini, ela liderou a bandeira da saúde, que fez uma série de doações para ajudar a cidade enfrentar a pandemia.