A indústria náutica de defesa foi tema da reunião da diretoria da Federação das Indústrias (Fiesc) nesta sexta-feira, com a apresentação do projeto bilionário das fragatas Classe Tamandaré que estão sendo fabricadas em Itajaí, Santa Catarina. A primeira embarcação será lançada ao mar em 05 de agosto deste ano e entregue para a Marinha do Brasil em dezembro de 2025.
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A informação é do presidente da Emgepron, Empresa Gerencial de Projetos Navais, o vice-almirante Edésio Teixeira Lima Júnior. A Emgepron é uma estatal controlada pela Marinha que faz gerenciamento de projetos navais e também manutenção de embarcações.
Quem constrói as fragatas é o consórcio Águas Azuis Tecnologia Naval, integrado pelas empresas Embraer, Atech e a multinacional alemã Thyssenkrupp. Conforme Edésio Lima, a construção da segunda fragata já começou, mas o batimento da quilha – quando a embarcação começa a ganhar forma – começa em 06 de junho. Essa deverá ser entregue em 2027.
As outras duas fragatas ainda não tiveram produção iniciada, mas serão entregues até 2029. O tempo entre o lançamento ao mar e a entrega para a Marinha é necessário para fazer a instalação dos equipamentos da embarcação para que possa atuar na sua função de defesa.
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O presidente da Emgepron destacou aos industriais de SC que esse é um projeto estratégico e mostra que o Brasil tem potencial para ser autossuficiente nessas embarcações. Segundo ele, após esse projeto, o país mostra que pode se tornar um exportador de produtos de defesa intensivos em tecnologia. O sistema implantado para esse projeto pode ser usado para outros.
– Estimava-se que para a primeira fragata no mínimo 30% de conteúdo nacional e já estamos com 32%. A partir do segundo navio [devemos estar] com 40% – afirmou Edésio Lima.

Segundo ele, apesar de serem quatro novas fragatas, elas são insuficientes para a demanda da Marinha do Brasil, que precisaria de 12 unidades.
Para o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, o fato de Santa Catarina ter sido escolhida para fazer essas fragatas abre a possibilidade de serem feitas no Estado outras embarcações semelhantes. Isso porque empresas e uma cadeia de fornecedores terão condições de fazer outros projetos.
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Projeto bilionário da Marinha em SC ganha novo impulso
O investimento total nesse projeto de fragatas está estimado atualmente em R$ 11 bilhões. SC tem tradição na indústria náutica para diversos setores, entre os quais apoio a embarcações, barcos de pesca e iates para passeio. Essa indústria de defesa é positiva porque impulsiona um segmento mais tecnológico e de maior valor.
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