Lideranças empresariais, políticas e artistas participaram nesta sexta-feira à noite, na Arena Petry, em São José, de evento de apresentação do projeto da Hard Rock Internacional para a Grande Florianópolis.
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A multinacional americana presente em 76 países vai colocar a sua lendária marca e o seu know-how para, com a Arena Petry, formar o complexo de entretenimento Hard Rock Live Florianópolis, que incluirá a atual casa de eventos, um hotel de 300 apartamentos, loja e restaurante da marca, além de outras atrações.
Parte da cúpula executiva da companhia da Flórida esteve no evento, incluindo o vice-presidente sênior de desenvolvimento global de hotéis, Todd Hricko, e o vice-presidente sênior de operações de cassino, Alex Pariente.
O anfitrião, empresário Sandro Petry, presidente do grupo Petry, mostrou muito otimismo com a parceria, o que buscava desde quando estava construindo o empreendimento inaugurado em dezembro de 2018. A seguir, entrevista com Alex Pariente e Tood Hricko.
Por que a Hard Rock decidiu fazer uma parceria com a Arena Petry?
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Alex Pariente – Temos uma estratégia muito definida para diferentes regiões do mundo. O Brasil é um país importantíssimo em toda a região. Tínhamos objetivo de negócio que não poderíamos adiar. Durante algumas visitas tivemos oportunidade de ver esta arena maravilhosa. Quando um ou mais conhece a cidade, um ou mais compreende porque podemos identificar aspectos que são muito importantes para a marca, que são valores fundamentais também da cidade.
Este Estado tem um apego muito grande à música, uma cultura musical muito forte e essas instalações são maravilhosas para um produto que nós temos que é o Hard Rock Life. A partir desse produto, começamos a criar a ideia de um centro de entretenimento e a partir da conversão da arena vamos, depois, construir um hotel e outras áreas públicas de entretenimento para atrair muito mais pessoas não só do Brasil, mas da região, para Santa Catarina e Florianópolis.
Poderia citar que atrações podem estar nesse centro de entretenimento?
Alex Pariente – Sim. Temos uma coleção de produtos históricos (elementos memoráveis) muito importantes. Eu diria que são a alma da marca. Isso atrai tráfego de pessoas. Nas cerca de 83 mil peças você pode pegar o submarino amarelo dos Beatles, a jaqueta do Elvis Presley de quando ele estava com os militares, também pode pegar a luva de Michael Jackson e o piano de Pink Floyd, entre outros. Essa coleção de peças é parte da história musical do mundo.
E nós pensamos em incorporar essas peças nessa arena. Temos também o rock shop, que é nossa rica loja com todo tipo de camisetas, bonés e outras lembranças da marca. Depois, a parte fundamental que são os shows e nosso hotel com todos os serviços, incluindo restaurantes. Temos 11 marcas de restaurantes que estão em diferentes hotéis em diversas partes do mundo e vamos incorporar outros conceitos de lazer próprios da região.
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Vocês têm um prazo para construir o hotel?
Alex Pariente – Normalmente, olhamos o projeto em diversas etapas. A primeira etapa é a conversão da arena, que deve demorar de sete a oito meses até ficar no padrão que a Hard Rock tem. Depois, começaremos a construção do hotel que demora aproximadamente dois anos ou um pouco mais. Agora, estamos na etapa preliminar de planejamento do hotel.
O senhor pode informar o valor dos investimentos previstos?
Alex Pariente – Prefiro deixar a determinação dos valores de investimentos para o grupo Petry, mas posso falar que é um investimento muito significativo para a região. A construção do hotel vai gerar muitos empregos diretos e indiretos e, também, as receitas que toda a atividade que a Arena vai ter não somente em nível de shows, mas funcionando nos dias da semana com convenções, eventos sociais e outros. Então, acho que vai gerar um produto muito importante para o Estado.
Que mudanças serão feitas na Arena para adaptar ao perfil da Hard Rock Live?
Alex Pariente – O grupo Petry fez um trabalho muito bom. Mas nós somos muito protetores para oferecer acessibilidade para todas as pessoas, assegurar que todo esteja de acordo não só com as normas locais, mas de outras arenas que temos, melhor circulação, determinação de onde será o Rock Shop, um restaurante, um bar, áreas para companhias com quem podemos ter um relacionamento de longo prazo e toda uma série de escalas para facilitar o acesso, mídias sociais e muita coisa para quem vem assistir a um show na arena.
E a programação da arena continua com o mesmo perfil?
Alex Pariente – Pensamos que o melhor é aproveitar todas as possibilidades disponíveis da arena. Normalmente, os shows são durante quinta, sexta e sábado, temos quatro dias da semana que podemos aproveitar para outro tipo de eventos. Então, a arena é muito propícia para eventos sociais, convenções e até eventos esportivos que podem durar mais de três ou quatro dias.
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O objetivo é tentar maximizar a experiência em qualquer segmento de organização de eventos uma vez que o hotel já esteja pronto, vamos ter outras possibilidades de atrair convenções muito grandes, que Florianópolis não tem capacidade hoteleira para receber hoje. Se temos boa capacidade na arena podemos atrair mais público e mais hotéis podem participar oferecendo hospedagem para os participantes. Nosso hotel terá 300 apartamentos.
Vocês estão estudando um outro projeto para Santa Catarina, como um hotel na Ilha, em Florianópolis?
Alex Pariente – Este (complexo da arena) é o primeiro projeto. Temos uma relação aberta com o grupo Petry. Queremos agregar mais empresários catarinenses e explorar todo tipo de oportunidade na região.
Sobre a estrutura que vocês estão prevendo para cá, tem ideia de quantos empregos diretos vai gerar?
Alex Pariente – A construção de um hotel de 300 apartamentos tem que gerar pelo menos 1.500 empregos diretos. Para os indiretos é preciso multiplicar três ou quatro vezes. A operação é muito menor. Teremos uma equipe em Santa Catarina e teremos outras equipes do Brasil para assistir esse processo evolutivo do projeto, não só da conversão da arena, mas a construção do hotel e, se no futuro tiver a possibilidade de outras formas de entretenimento que forem permitidas no Brasil ou no Estado, nós gostaríamos de fazer parte também.
Nessas outras formas de entretenimento estariam os cassinos?
Alex Pariente – Poderia ser. Se o Brasil decidir que a legislação de cassino seria o canal mais apropriado para incorporar outra forma de entretenimento já legal no mundo, poderíamos acompanhar o processo. Mas deve ser uma decisão do governo federal do Brasil e, depois, do governo estadual. A vantagem que a Hard Rock tem é que pode estar presente no mercado através de um café, de um hotel. Não precisamos ter um cassino em nenhum local do mundo. Vocês vão ter notícias próximas de que temos com o Brasil outros planos para a construção de outros hotéis também.
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Seria possível ter um voo dos Estados Unidos para Florianópolis? Esse projeto de vocês ajudaria nesse sentido?
Alex Pariente – Foi importante você tocar nesse ponto porque quero parabenizar as autoridades do Estado e também a companhia privada que fez esse aeroporto de primeiro mundo em Florianópolis. Eu acho que facilita a promoção da cidade, do Estado. Isso é muito importante para todos nós.
Qual é o perfil do cliente do Hard Rock Live?
Todd Hricko – O estilo de clientes do Hard Rock Live é todos. Vai de pessoas de oito a 80 anos. A música é algo que conecta as pessoas de todo mundo. Cansei de ver no hotel de Orlando avós acompanhados de netos em shows.
Como foi o desempenho do grupo Hard Rock ano passado?
Todd Hricko – Nós abrimos 27 hotéis no ano passado e chegamos a um total de 31. Construímos um hotel na Flórida que é uma guitarra gigante , já famoso no mundo todo.
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O Coronavírus, nova doença que começou na China, já afeta a empresa?
Todd Hricko – Na Ásia, o Hard Rock ainda não é muito difundido. Mas, obviamente, o coronavírus nos preocupa. Eu mesmo estou sendo afetado pelo problema. Deveria ir para a Ásia na próxima semana, mas não poderei ir.